A Assembleia Legislativa do Rio instaurou processo de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC), com voto favorável de todos os 69 deputados que se manifestaram em sessão virtual. Witzel é acusado de crime de responsabilidade em casos ligados à pandemia do coronavírus e às contas do governo.
Após confirmação do resultado, Witzel, que permanece no cargo até o fim do processo na Alerj, disse ter tranquilidade sobre sua inocência. “Recebo a notícia com espírito democrático e resiliência”, afirmou.
A insatisfação com o governador é grande. Nos bastidores, parlamentares afirmam estar sendo chantageados, com ameaça de uso de dossiês, para vetar o impeachment.
O que acontece agora: será formada uma comissão especial para analisar as denúncias contra o governador. Conheça o passo a passo do processo.
O Brasil se aproxima do número de mortes registrados pelo Reino Unido, segundo país com mais óbitos ligados à pandemia do coronavírus. Hoje, o país chegou a 39.797 casos fatais — 1.300 confirmados nas últimas 24 horas. Também acrescentou 33.100 casos à lista de contágios, que soma 775.184. Os dados foram compilados pelo consórcio de veículos de imprensa.
O Ministério da Saúde também divulgou novo boletim, por volta das 19h, em que confirma 772.416 contágios e 39.680 óbitos.
Em foco: São Paulo voltou a registrar recorde de mortes, com a confirmação de 340 vítimas em 24 horas. O governo paulista recuou no plano de flexibilizar restrições no interior — três regiões terão que voltar à quarentena mais rígida. O governador João Doria (PSDB) também prorrogou, pela quinta vez, a quarentena no estado. Hoje, a cidade de São Paulo reabriu o comércio de rua.
O Ministério Público Federal investiga possíveis atos de improbidade cometidos pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom) ao veicular anúncios em sites e canais que divulgam fake news. O inquérito foi aberto depois de que a CPMI das Fake News identificou mais de 2 milhões de anúncios pagos pelo órgão em páginas com conteúdo inadequado. É a terceira investigação do MPF envolvendo a Secom.
Em paralelo: o ministro Edson Fachin votou a favor da validade do inquérito que apura fake news e ataques ao Supremo Tribunal Federal. Apenas ele, relator de ação proposta pela Rede, expressou seu voto nesta quarta-feira. Na sessão, o procurador-geral Augusto Aras relacionou notícias falsas à leitura de jornais.
O governador do Pará, Helder Barbalho, foi um dos alvos da Polícia Federal em operação sobre fraudes na compra de respiradores. Ele é o segundo governador envolvido em ação policial na pandemia — o primeiro foi Wilson Witzel, do Rio. Barbalho e outros sete investigados sofreram bloqueio de R$ 25,2 milhões por ordem da Justiça.
Outro alvo foi o secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, que lidera as críticas dos estados ao governo federal. Auxiliares do governador avaliam que isso pesou para que a operação fosse realizada. O Palácio do Planalto evitou politizar a ação.
Em detalhes: o governo paraense exonerou o secretário adjunto da Saúde, Peter Cassol, também alvo da PF. Agentes apreenderam R$ 750 mil em dinheiro vivo na casa de Cassol.
Viu isso?
Outro foco: Rodrigo Maia descartou a abertura de processo de impeachment de Bolsonaro. “Não é hora”, afirmou.
Deu no NYT: o jornal americano “The New York Times” destacou, em sua capa, tensões políticas no Brasil: “Ameaça de golpe”.
Ataque: um homem foi preso após invadir a sede da TV Globo no Rio e fazer uma repórter refém, com uma faca.
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