A retomada de parte das atividades no Rio de Janeiro e na capital fluminense foi barrada pela Justiça estadual. Uma decisão liminar proferida pela 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio sustou a eficácia de trechos dos decretos editados pelo governador Wilson Witzel e pelo prefeito Marcelo Crivella. Estão suspensas as autorizações para atividades esportivas, mesmo sem público ou ao ar livre, e de pontos turísticos, entre outras.
Em paralelo: em São Paulo, o comitê que monitora o avanço da Covid-19 afirmou que o estado chegou ao platô no nível de transmissão do coronavírus — o que significa que o aumento de casos tem se mantido estável nos últimos dias.
O Brasil superou os 700 mil casos de coronavírus, informou o Ministério da Saúde. O novo boletim contabiliza 707.412 infecções e 37.134 mortes no país. A divulgação dos dados no fim da tarde desta segunda-feira ocorreu após críticas e apelos por transparência. Hoje, a pasta afirmou que dará publicidade aos números diariamente até 18h.
O que aconteceu: desde a semana passada, o governo alterou horário de divulgação dos boletins diários, eliminou dados do portal que reúne as notificações e, no domingo, informou números divergentes, o que afetou a credibilidade das informações. Hoje, o Ministério da Saúde atribuiu o conflito nos dados a “duplicações” e a uma revisão nas informações de Roraima e Ceará.
O que foi dito: a Organização Mundial de Saúde pediu transparência ao Brasil. “O Brasil precisa entender onde o vírus está, como controlar os riscos”, afirmou Michael Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS.
Em foco: em resposta à decisão do governo de restringir o acesso aos dados, veículos de comunicação do país formaram parceria inédita para apurar os números de vítimas. A iniciativa une O GLOBO, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL. As equipes vão dividir tarefas e produzir um balanço diário às 20h.
Enquanto o mundo passou de 7 milhões de casos de Covid-19, tendo a América Latina como atual epicentro do coronavírus, novos sinais de sucesso no combate à pandemia vieram da Nova Zelândia. O governo neozelandês declarou que o país está livre do coronavírus e suspendeu todas as restrições sociais e econômicas — apenas o controle nas fronteiras será mantido. A primeira-ministra Jacinda Ardern agradeceu os cidadãos pelo esforço, que incluiu sete semanas de quarentena rígida. A Nova Zelândia registrou 1.154 infecções e 22 mortes por Covid-19.
Já Nova York, cidade mais afetada nos Estados Unidos, com quase 22 mil mortos, deu início à Fase 1 de desconfinamento. Há 100 dias, o município confirmava o primeiro caso. Hoje, os moradores da metrópole começaram a retornar ao trabalho.
Em detalhes: o isolamento social pode ter poupado mais de três milhões de vidas na Europa, segundo o Imperial College de Londres. O estudo analisou o impacto da quarentena em 11 países. Outro estudo, publicado na revista Nature, estima que a quarentena evitou 530 milhões de contágios em China, Coreia do Sul, Itália, França, Irã e Estados Unidos.
Controle da força: em meio a protestos antirracistas, a oposição a Trump apresentou projeto de reforma das forças policiais nos EUA. Congressistas fizeram ato por George Floyd.
Crise vizinha: novo estudo de pesquisadores americanos apontou falhas em auditoria da OEA que indicou fraude nas eleições da Bolívia.
Estas são as principais notícias de hoje. Acompanhe, também, a edição da manhã, que reúne todas as informações para você começar o dia bem informado. Aproveite e receba as outras newsletters do GLOBO. Inscreva-se aqui.