Nas últimas 24 horas, 849 brasileiros morreram com a Covid-19 e 19.631 tiveram confirmações positivas do teste para o coronavírus. As notificações foram coletadas pelo consórcio entre os veículos O GLOBO, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL, que iniciaram trabalho colaborativo para dar transparência aos dados, vital no combate à pandemia.
A iniciativa compilou as informações junto às secretarias estaduais, o que elevou a dimensão da pandemia no país para 710.887 infectados e 37.312 mortes. Os números são superiores aos listados no boletim mais recente do Ministério da Saúde. A pasta não contabilizou casos e mortes em Alagoas e Santa Catarina, e óbitos em Goiás e no Distrito Federal.
A formação do consórcio foi elogiada por líderes do Legislativo e do Judiciário. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Tofolli, celebraram a colaboração e a transparência das informações sobre a Covid-19. Especialistas e órgãos de saúde também destacaram a importância dos dados confiáveis.
Aconteceu ontem: depois de receber críticas por mudar a divulgação que vinha sendo feita desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde afirmou que vai manter os boletins diários e não fará recontagem dos casos, mas vai alterar a metodologia de registro dos óbitos. No fim do dia, o ministro Alexandre de Moraes determinou a divulgação integral dos dados epidemiológicos, em pedido protocolado pela Rede, PSOL e PCdoB.
Em foco: o avanço da pandemia no Brasil foi citado pela Organização Mundial da Saúde como exemplo do agravamento do surto de Covid-19 no mundo. No último domingo, a OMS recebeu notificações de 136 mil casos, o recorde registrado em um único dia, segundo o diretor da entidade, Tedros Adhanom.
O que sabemos: as ações que serão julgadas hoje foram apresentadas por Guilherme Boulos e Marina Silva, adversários de Bolsonaro em 2018. Eles afirmam que hackers atacaram um grupo de Facebook com o objetivo de beneficiar a chapa de Bolsonaro e Mourão. O julgamento começou em novembro do ano passado, com o voto do relator Og Fernandes pelo arquivamento. Segundo ministros do TSE, faltam provas de que Bolsonaro participou ou sabia do caso.
O empresário Marcos Aurélio Carvalho, ex-marqueteiro de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, quebrou o silêncio após romper com o a família do presidente. Em artigo para o projeto Sonar, ele explicou a dinâmica das contas automatizadas nas redes sociais , chamadas de robôs, e analisou os riscos da contaminação do debate político por ferramentas que inflam as bolhas de apoiadores.
Leia um trecho: “Robô não vota. Então por que importa tanto o tumulto que ele faz? Porque a movimentação de usuários irreais tem o condão de pautar o debate. A aparência de que um assunto está sendo comentado faz com que ele passe a ser comentado de fato. Está feito o sequestro da pauta política de um país.”