O ESSENCIAL: Consórcio inédito na imprensa dá transparência a dados de Covid-19

E mais: ação no TSE, robôs nas redes, mobilização de atletas
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RIO, 9 de Junho de 2020
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POR Gabriel Cariello
Jornalista
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Boa leitura!
Nas últimas 24 horas, 849 brasileiros morreram com a Covid-19 e 19.631 tiveram confirmações positivas do teste para o coronavírus. As notificações foram coletadas pelo consórcio entre os veículos O GLOBO, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL, que iniciaram trabalho colaborativo para dar transparência aos dados, vital no combate à pandemia.

A iniciativa compilou as informações junto às secretarias estaduais, o que elevou a dimensão da pandemia no país para 710.887 infectados e 37.312 mortes. Os números são superiores aos listados no boletim mais recente do Ministério da Saúde. A pasta não contabilizou casos e mortes em Alagoas e Santa Catarina, e óbitos em Goiás e no Distrito Federal.

A formação do consórcio foi elogiada por líderes do Legislativo e do Judiciário. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Tofolli, celebraram a colaboração e a transparência das informações sobre a Covid-19. Especialistas e órgãos de saúde também destacaram a importância dos dados confiáveis.

Aconteceu ontem: depois de receber críticas por mudar a divulgação que vinha sendo feita desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde afirmou que vai manter os boletins diários e não fará recontagem dos casos, mas vai alterar a metodologia de registro dos óbitos. No fim do dia, o ministro Alexandre de Moraes determinou a divulgação integral dos dados epidemiológicos, em pedido protocolado pela Rede, PSOL e PCdoB.

Em foco: o avanço da pandemia no Brasil foi citado pela Organização Mundial da Saúde como exemplo do agravamento do surto de Covid-19 no mundo. No último domingo, a OMS recebeu notificações de 136 mil casos, o recorde registrado em um único dia, segundo o diretor da entidade, Tedros Adhanom.
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O Tribunal Superior Eleitoral deve arquivar hoje duas ações que pedem a cassação do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, por irregularidades na campanha de 2018. A avaliação é de ministros da Corte ouvidos pelo GLOBO em caráter reservado. Na Corte, tramitam outras seis ações que pedem a cassação da chapa presidencial — quatro sobre o disparo em massa de mensagens no WhatsApp.

O que sabemos: as ações que serão julgadas hoje foram apresentadas por Guilherme Boulos e Marina Silva, adversários de Bolsonaro em 2018. Eles afirmam que hackers atacaram um grupo de Facebook com o objetivo de beneficiar a chapa de Bolsonaro e Mourão. O julgamento começou em novembro do ano passado, com o voto do relator Og Fernandes pelo arquivamento. Segundo ministros do TSE, faltam provas de que Bolsonaro participou ou sabia do caso.
O empresário Marcos Aurélio Carvalho, ex-marqueteiro de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, quebrou o silêncio após romper com o a família do presidente. Em artigo para o projeto Sonar, ele explicou a dinâmica das contas automatizadas nas redes sociais , chamadas de robôs, e analisou os riscos da contaminação do debate político por ferramentas que inflam as bolhas de apoiadores.

Leia um trecho: “Robô não vota. Então por que importa tanto o tumulto que ele faz? Porque a movimentação de usuários irreais tem o condão de pautar o debate. A aparência de que um assunto está sendo comentado faz com que ele passe a ser comentado de fato. Está feito o sequestro da pauta política de um país.”
Bolsonaro resolveu torturar estatísticas sobre as mortes pela Covid-19 até que confessem só uma ‘gripezinha’
Há uma velha lei implacável: quem briga com os números acaba sempre perdendo
A multiplicação de helenos no governo é muito mais perniciosa que os três ou quatro weintraubs que há
O que mais importa
Vaga na Corte: Bolsonaro disse a aliados que indicará o ministro Jorge Oliveira para o STF em novembro, seu amigo há 20 anos.
Divergências: rachado sobre apoio ao governo, o Instituto Brasil 200, de empresários liberais, perdeu força após inquérito das fake news.
Honorários: Witzel recebeu R$ 284 mil por parecer de 14 páginas para processo do empresário Mário Peixoto, preso por fraudes na saúde do Rio.
Cedae: conselho supervisor do ajuste fiscal do Rio não vê tempo hábil para concessão, cujo edital será lançado hoje, a tempo de quitar dívida.
Gosto amargo: mil bares e restaurantes do Rio fecharam as portas durante a pandemia, estima sindicato do setor.
Ajuda ao caixa: a CBF criou linha de crédito de R$ 100 milhões a juros zero para os clubes da série A do Brasileirão.
Opinião do Globo
Proposta pode levar redes a erguer barreiras contra as usinas de notícias falsas
Carla Zambelli, deputada federal
Aliada de Bolsonaro diz que governo afirma que Planalto tentou formar base “no amor”, mas “eventualmente os cargos precisam ser distribuídos”
A repórter Paula Ferreira e o pesquisador Domingos Alves analisam a mudança da metodologia e os efeitos da inconsistência na divulgação dos dados
Para ler com calma
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