| RIO, 29 DE MAIO DE 2018 O essencial da manhã
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| No nono dia de greve, gasolina e verduras começam a chegar ao Rio. Imposto deve subir para compensar acordo com caminhoneiros
Olá, bom dia.
A greve dos caminhoneiros chega hoje ao nono dia, mas a situação está um pouco melhor em setores que enfrentaram desabastecimento nos últimos dias, como combustíveis e alimentos. No Rio, o abastecimento dos postos de gasolina começou a voltar ao normal na madrugada de hoje, ainda com longas filas. Caminhões de verduras e legumes conseguiram chegar ao Ceasa.
No Planalto, há preocupação com a ampliação da pauta política, que vai da saída do presidente Michel Temer à intervenção militar. A Polícia Federal começou a interrogar empresários do setor. Mesmo sem saber se os caminhoneiros cumprirão o segundo acordo fechado com o governo, a equipe econômica prepara aumento de impostos e corte de gastos para atender as reivindicações dos grevistas. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que a reoneração (volta da cobrança de tributos) da folha de pagamento não será suficiente para cobrir o custo das concessões, de pelo menos R$ 13,5 bilhões. Ou seja, no final, quem vai pagar a conta será o contribuinte: você, leitor. -
Para o cientista político Sérgio Abranches, a paralisação mostrou que o Brasil vive em “estado permanente de indignação”. -
O colunista Bernardo Mello Franco afirma que o fantasma de uma nova onda de revoltas, como a de 2013, assombra o meio político. -
Merval Pereira: a greve parece estar sendo sequestrada por grupos políticos. -
Próximo governo terá que cortar R$ 30 bilhões e ainda subsidiar o diesel, diz Alvaro Gribel, da coluna de Míriam Leitão. -
José Casado: Dilma, Temer e Congresso enrolaram caminhoneiros por 42 meses. Efeito sobre o PIB
A paralisação reduz ainda mais as expectativas para o PIB de 2018. Há um ano, falava-se em expansão de até 4%. As previsões caíram para 2,5% e, com a greve, já estão em torno de 2%. -
E o governo já trabalha com inflação acima de 1% este mês, informa o colunista Ancelmo Gois. Coro contra reajustes
Os postulantes à Presidência se dividem entre apoiar ou criticar a greve, mas há pelo menos um consenso entre eles. Nove pré-candidatos de diferentes perfis ideológicos defendem que a política de preços da Petrobras precisa mudar. Eles propõem o fim dos reajustes quase diários.
Força nos pedais
A escassez de combustível aqueceu o mercado de bicicletas no Rio. Comerciantes comemoram o aumento de vendas e consertos das bikes. O aluguel no sistema Bike Rio cresceu 27%. Ontem, muitos cariocas pedalaram para chegar ao trabalho. -
O período de greve de caminhoneiros também resultou na queda de registros de roubos de carga. Foram 41 ocorrências de 20 a 26 de maio, contra 67 nos mesmos dias de abril. Sem reservas
O setor hoteleiro do Rio teme que a greve leve ao cancelamento em massa de reservas às vésperas do feriado de Corpus Christi, sobretudo no interior do estado. Em Paraty, o tradicional Festival do Camarão foi adiado.
Acusações sobre a mesa
A Polícia Federal concluiu, em novo inquérito da Operação Acrônimo, que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), lavou dinheiro com a construção e reforma de um restaurante em Piracicaba (SP), do qual ele seria sócio oculto. Segundo investigadores, a obra custou R$ 550 mil e foi paga com recursos do caixa dois da campanha do petista.
Colômbia polarizada
A disputa no segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia — entre o candidato de direita, Iván Duque, e o da esquerda, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro — será decidida por eleitores de centro, afirmam analistas. A polarização levou ao menor índice de abstenção no primeiro turno em mais de 40 anos.
Geração pós-verdade
As “fake news” viraram assunto de debate em sala de aula. O governo brasileiro foi buscar em Portugal experiências positivas que ajudem a incorporar a leitura crítica de jornais, revistas e das redes sociais. A ideia é apoiar as escolas que queriam incluir o tema no currículo.
Sexteto na terra da Rainha
A Inglaterra é mais do que a primeira escala da seleção brasileira rumo à Rússia. O país é a casa de seis jogadores chamados por Tite, contam os enviados especiais Bruno Marinho e Igor Siqueira. Quatros atletas são os atuais campeões, pelo Manchester City.
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