Depois de admitir fatiar a reforma da Previdência, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, quer que o Congresso vote ao menos parte das mudanças nos primeiros seis meses de seu governo. O apelo foi feito no mesmo dia em que o Ministério da Fazenda divulgou análise que mostra disparidades do sistema previdenciário — apenas 3% dos recursos vão para os mais pobres , enquanto 41% dos benefícios pagos são destinados aos 20% mais ricos.
O documento, antecipado pela colunista Míriam Leitão, aponta a reforma como “medida de redução da desigualdade” no país. Estimativas contidas na Proposta de Lei Orçamentária de 2019 indicam que o déficit da Previdência Social pode chegar a R$ 214,7 bilhões no ano que vem e saltar para R$ 649,7 bilhões em 2029.
De volta ao Senado, parlamentar diz que não guarda mágoa do presidente eleito por não ter sido escolhido para o futuro ministério. Depois, Bolsonaro justificou escolha e deixou “portas abertas” para participação no governo