O ESSENCIAL: Bolsonaro sobre filho: ‘Se tiver algo de errado, que paguemos a conta’
E mais: demandas de caminhoneiros, Porto Maravilha, 50 anos do AI-5 e tour virtual pelo Museu Nacional
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RIO, 13 DE DEZEMBRO DE 2018
O essencial da manhã
Olá, bom dia.
Começamos o dia com a reação de Jair Bolsonaro sobre o caso do ex-assessor do filho, a articulação do futuro governo para evitar uma nova greve dos caminhoneiros e as lembranças dos colunistas do GLOBO sobre o AI-5, que completa 50 anos.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que está disposto “a pagar a conta” caso investigadores apontem irregularidades na movimentação financeira de R$ 1,2 milhão do motorista Fabrício Queiroz, ex-funcionário do deputado Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Bolsonaro comentou o caso durante transmissão ao vivo no Facebook. Confira resumo.
Desdobramento: Queiroz recebeu repasses de nove assessores de Flávio; entre eles está Wellington Servulo Romano da Silva, que passou 248 dias fora do país durante um ano e quatro meses. Nesse período, recebeu salário e gratificações.
Reação: para o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, se as transações financeiras de Queiroz forem um caso de caixinha de transferência de salário dos servidores, seria “burrice ao cubo”. Já o deputado Eduardo Bolsonaro encerrou entrevista ao ser perguntado sobre o assunto.
Uma opinião: a colunista Míriam Leitão questiona a falta de explicação sobre o caso: “O país aprendeu nos últimos anos, em sentenças memoráveis como as do juiz Sérgio Moro, a preferir explicações claras”. Veja as perguntas sem respostas.
Auxiliares de Bolsonaro estudam medidas para afastar a possibilidade de greve de caminhoneiros na virada do ano. Duas propostas são debatidas: apresentar nova tabela para o frete rodoviário e criar um fundo para conter a flutuação excessiva no preço dos combustíveis.
A equipe de transição se mobilizou depois de protestos dos caminhoneiros contra a suspensão de multas a empresas que descumpriam a tabela do frete. Nesta quarta-feira, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, revogou a decisão liminar após acordo com o futuro governo e a Advocacia-Geral da União. Voltaram a valer sanções que variam entre R$ 550 e R$ 10,5 mil.
Por que isso é importante: a tabela do frete é uma das reivindicações dos caminhoneiros atendidas pelo presidente Michel Temer. Outra demanda é a subvenção ao preço do diesel, que termina no próximo dia 31.
O que pode acontecer: eventual impasse sobre o diesel pode resultar em novas pressões à Petrobras sobre o preço dos combustíveis. Bolsonaro sinalizou que não quer variações diárias. O Ministério da Fazenda vai sugerir a adoção de tributo automático contra as oscilações.
A gestão do Porto Maravilha está perto de levar a prefeitura do Rio e a Caixa Econômica Federal a uma batalha judicial. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, que administra o local, notificou o banco extrajudicialmente para obter R$ 147 milhões para a manutenção e limpeza da região. Se não houver acordo, cobrará o pagamento na Justiça.
Entenda: a Caixa gere um fundo imobiliário que deveria custear a manutenção do espaço, mas não libera o dinheiro, mesmo após acordo em agosto, alegando crise no mercado. A prefeitura paga as despesas há dois anos. Foram gastos R$ 342,2 milhões.
Por que isso importa: o futuro do Porto Maravilha — a maior parceria público-privada do Brasil — está em jogo. Apenas 50% das intervenções de infraestrutura foram concluídas. Faz dois anos que nenhuma obra é iniciada. Veja o que falta ser feito.
Viu isso?
Repasses do ‘Rei do ônibus’: o empresário Jacob Barata Filho disse ao juiz Marcelo Bretas que pagou R$ 145 milhões ao ex-governador do Rio Sergio Cabral entre 2010 e 2016.
Presídio no Rio: o futuro governador Wilson Witzel defendeu, em reunião com Sergio Moro, a construção de uma penitenciária federal para abrigar “presos ilustres”, como Cabral e Pezão.
Niterói sem impeachment: vereadores rejeitaram dar seguimento a pedidos para cassar o mandato do prefeito Rodrigo Neves, preso na segunda-feira. Houve tumulto na sessão.
Disputa pelo megaleilão: o presidente do Senado, Eunício Oliviera (MDB-CE), ameaçou recorrer ao STF para evitar que o governo licite áreas do pré-sal sem o aval do Congresso.
Vitória no Parlamento inglês: a primeira-ministra britânica Theresa May superou a moção de desconfiança, que poderia tirá-la do cargo. Com 200 votos favoráveis, ela ganha um ano de imunidade no posto.
Prisão para o ex-advogado de Trump: a Justiça dos EUA condenou Michael Cohen por crime eleitoral ao comprar o silêncio de mulheres que tiveram casos extraconjugais com o presidente durante a campanha.