O ESSENCIAL: Busca por suspeitos do caso Marielle e plano para matar Freixo
E mais: ministro afastado, suicídio de policial, jacaré na ciclovia, Aquaman e panettones de Natal
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RIO, 13 DE DEZEMBRO DE 2018
O dia em resumo
Olá, boa tarde.
Nesta newsletter, contamos detalhes da operação policial que afeta o caso Marielle Franco, o plano para matar o deputado Marcelo Freixo e as novas declarações sobre o ex-motorista de Flávio Bolsonaro.
Policiais da Divisão de Homicídios (DH) cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão que podem levar a respostas sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Agentes foram a 15 endereços no Rio, em municípios do interior e em Juiz de Fora (MG).
O que nós sabemos: os alvos integram uma quadrilha de clonagem de carros, suspeita de ter falsificado a placa do Cobalt prata usado pelos assassinos. A DH busca provas contra um grupo de matadores de aluguel conhecido como “Escritório do Crime”.
O que foi dito: o delegado da DH, Giniton Lages, explicou que a operação é resultado de um inquérito paralelo à investigação da morte de Marielle. O chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, afirmou que a ação demonstra que as investigações não precisam ser federalizadas.
Por que isso é importante: o crime completará nove meses nesta sexta-feira. No mês passado, a Polícia Federal também passou a investigar o caso, o que gerou atritos com a Polícia Civil do Rio, responsável pela operação desta quinta.
O deputado estadual Marcelo Freixo seria alvo de uma tentativa de homicídio no próximo sábado, segundo relatório confidencial da Polícia Civil obtido pelo GLOBO. O documento aponta os supostos mandantes, cita três nomes que já eram investigados e relaciona com a morte de Marielle.
Em detalhes: o relatório indica que o crime era planejado para ocorrer em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, durante uma agenda do parlamentar.
O que foi dito: “Há um grau de veracidade na ameaça”, disse Freixo, que cancelou o evento: “A Zona Oeste está sendo governada pelo crime”.
Dois integrantes do núcleo mais próximo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, comentaram o caso do ex-motorista Fabrício Queiroz. O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, disse ao colunista Bernardo Mello Franco que Bolsonaro demorou a se manifestar, o que elevou a pressão sobre o futuro governo. E o deputado estadual Flávio Bolsonaro, que era chefe de Queiroz na Assembleia Legislativa do Rio, afirmou que não fez “nada de errado”.
Por que isso importa: o clã Bolsonaro tenta mostrar que não está envolvido na suspeita de irregularidades na movimentação financeira do ex-motorista, que é amigo da família. Há um cheque de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito comentou o caso na quarta-feira.
Linha do tempo: revelado há uma semana, caso teve desdobramentos com o detalhamento da movimentação financeira de Queiroz e envolveu outros servidores de Flávio Bolsonaro.
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Sem restrições ao capital: a 18 dias da troca de governo, o presidente Michel Temer decidiu liberar, por medida provisória, até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas. O limite vigente até hoje era de 20%.
Ajustes no Acordo de Paris: Jair Bolsonaro prometeu reavaliar a participação do Brasil e sugerir alterações nos termos do pacto global contra mudanças climáticas: “Se não mudar, sai fora”.
Ministro alvo da PF: Ricardo Silva Leite, que ocupava interinamente o Ministério do Trabalho, foi afastado do cargo pelo STF, em nova fase da Operação Registro Espúrio, que mira restituições de contribuição sindical.
Demissões na Estácio: a universidade começou a dispensar professores do Rio, uma semana depois de o sindicato da categoria rejeitar proposta para suspender o pagamento de adicional por aulas noturnas e outros benefícios.
Morte no batalhão: um sargento da Polícia Militar cometeu suicídio dentro do 7º BPM, em São Gonçalo, após receber voz de prisão. Ele era acusado de desviar carne de dois caminhões roubados.
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