O Brasil registrou 10.831 novos casos de coronavírus desde ontem e alcançou 125.096 infecções desde o início da pandemia. Com 615 casos fatais, recorde diário até o momento, o número de mortes chegou a 8.536, o que faz do país o sexto com mais óbitos ligados à Covid-19 no mundo. O Brasil está entre as dez nações, de um grupo de 40, em que o vírus avança mais rápido, segundo estudo de pesquisadores da Fiocruz, PUC-Rio, USP e outras instituições.
O que está acontecendo: à medida que o número de contaminações aumenta, os estados correm para ter acesso a mais leitos de UTI. O Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para entregar as unidades prometidas aos estados — foram montados somente 350 dos 2 mil leitos anunciados. Secretários de Saúde cobraram o ministro Nelson Teich (Saúde) pelo pagamento de unidades de terapia intensiva em hospitais de campanha.
Por que isso importa: alguns governos afirmaram que poderiam usar leitos vagos da rede privada mesmo sem acordo financeiro. Teich disse ser contra a medida. Países como a Espanha estatizaram unidades privadas em momentos críticos da epidemia. Hoje, a prefeitura de São Paulo publicou decreto que permite a requisição de leitos ociosos em hospitais particulares . O uso diário das unidades custará R$ 2.100 ao município.
O que está em discussão: o governo debate se é possível fechar as divisas do estado e restringir a circulação de pessoas a ações essenciais, como a compra de alimentos e medicamentos e os serviços de delivery. Quem descumprir as regras pode ser penalizado.
