O ESSENCIAL: Cinco casos na PF do Rio interessam a Bolsonaro

E mais: corte da taxa de juros, pedidos de lockdown, recorde no desmatamento
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RIO, 7 DE maio de 2020
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O delegado Tácio Muzzi foi escolhido para assumir a superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, cargo que esteve no centro da crise que resultou na saída do ex-ministro Sergio Moro do governo. O posto é um interesse declarado do presidente Jair Bolsonaro.

O que sabemos: quatro investigações e informações contidas em inquéritos da PF no Rio se relacionam com filhos ou pessoas próximas ao presidente, como o deputado Hélio Lopes e Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Um quinto caso envolveu o desejo do presidente de mudar o delegado da Receita Federal no Porto de Itaguaí.

Bastidores: a escolha por Muzzi acalmou os ânimos dentro da PF. Havia expectativa de indicação de um nome com ligações com Bolsonaro. Muzzi não foi uma escolha do Planalto.

Quem é: Tácio Muzzi tem 17 anos de Polícia Federal e já atuou em investigações contra chefes do jogo do bicho e contra o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins. Ele também coordenou o grupo de trabalho da Lava-Jato no Rio.
 
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 3,75% para 3%, o menor patamar já registrado. O corte foi acima do esperado pelo mercado, e uma nova redução deve ocorrer na próxima reunião do grupo, em junho.

Em detalhes: o forte impacto da crise do coronavírus na economia brasileira motivou a decisão. A queda deve influenciar outras taxas cobradas no mercado, o que tornará o crédito mais barato.

Em paralelo: a expectativa pelo corte na taxa de juros, confirmada no fim do dia, influenciou a cotação do dólar, que atingiu novo recorde, a R$ 5,703. A moeda americana acumula alta de 42,45% em 2020.

Analítico: reduzir a taxa de juros funciona como gatilho para investimentos em “tempos normais”, afirma Renato Andrade. “No cenário atual, quem está pensando em desengavetar planos de investimento diante de tamanha incerteza?”
 
O ministro Nelson Teich (Saúde) já admite que haverá situações para recomendar o lockdown no país. A medida de confinamento total obrigatório já começou a ser adotada em cidades brasileiras. O país chegou ontem a 125.218 casos confirmados e 8.536 mortes por Covid-19.

Teich completa hoje 20 dias à frente do Ministério da Saúde. Gestores do setor têm relatado incômodo com a atuação do ministro, por falta de respostas claras sobre temas ligados ao coronavírus.

Aconteceu ontem: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendou o lockdown ao Estado do Rio, e o Comitê Científico do Consórcio do Nordeste defendeu a estratégia para estados da região.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou lockdown parcial em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, a partir de hoje. A Justiça do Amazonas negou pedido para decretar a medida no estado.

Outro olhar: três em cada dez moradores das regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo desrespeitaram o isolamento social entre 20 de março e 20 de abril, segundo pesquisa que mapeia bairros brasileiros.
Se for ouvido em investigação no Supremo, Bolsonaro terá de falar presencialmente. Temer pôde responder por escrito, mas Celso de Mello mostrou que tem outro entendimento
Viu isso?
Socorro da União: o Senado aprovou projeto que autoriza ajuda de até R$ 120 bilhões a estados e municípios. Pressionado, Alcolumbre retirou professores do congelamento de salários, contrapartida à proposta.
Crédito digital: o BNDES oferecerá pacote de empréstimo de R$ 4 bilhões a micro, pequenas e médias empresas, além de MEIs, via fintechs, aplicativos e maquininhas de cartão.
Discurso: em sessão do STF, Toffoli repudiou ataques à Corte e agressões a jornalistas em ato antidemocrático com presença de Bolsonaro.
Caso do sítio: o TRF-4 manteve a condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva a 17 anos, um mês e dez dias de prisão.
Ambiente: o desmatamento na Amazônia provocado pelo garimpo atingiu recorde histórico no primeiro ano de governo de Bolsonaro.
Saneamento: dois milhões de domicílios ganharam acesso a rede de coleta de esgoto em um ano. País tem ainda 30% das casas desassistidas.
Reajuste: a Petrobras aumenta hoje o preço da gasolina em 12% em suas refinarias.
Luta na música: morreu, aos 73 anos, o alemão Florian Schneider, fundador do grupo Kraftwerk, pioneiro da música eletrônica.
Rafael Galliez, infectologista da UFRJ
Mário Roberto dal Poz, do grupo que assessora o governo do Rio, explica o bloqueio total, e o repórter Alex Barbosa relata a experiência do Maranhão 
Historiador americano, autor do livro ‘O fim está próximo’, fala, em entrevista, sobre crises globais do passado e como a pandemia atual se encaixa na História
Secretária sela a sua manutenção no cargo em reunião com Jair Bolsonaro em Brasília, em que apresentou planos para o setor
Clubes assinaram termo para prorrogar por 180 dias a permissão de uso do estádio. Flamengo confirma 38 casos de Covid-19, sendo três jogadores
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