O ESSENCIAL: Bolsonaro disse que queria ‘apenas’ a PF do Rio, segundo Moro

E mais: recordes de mortes, guerrilhas virtuais, Regina Duarte
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RIO, 6 DE maio de 2020
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O ex-ministro Sergio Moro afirmou, em depoimento, que o presidente Jair Bolsonaro o pressionou por mensagem para trocar o comando da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. “Você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro”, teria escrito Bolsonaro. A mensagem foi apagada do celular de Moro. (Leia a íntegra do depoimento de Moro).

Perguntado sobre o motivo de desejar uma troca no posto, Bolsonaro afirmou que o Rio é seu estado e citou menção ao seu nome na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Aconteceu ontem: o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou as diligências pedidas pelo procurador-geral Augusto Aras no inquérito que apura as acusações de Moro. Entre elas, estão os depoimentos dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). A área jurídica do governo orientou os três ministros a não tratarem das reuniões citadas por Moro com a imprensa. Celso de Mello também deu prazo de 72 horas para o Planalto entregar vídeo de reunião de Bolsonaro com ministros na qual, segundo Moro, o presidente teria pressionada pela troca de comando na PF. 


Em paralelo: a Procuradoria-Geral da República decidiu investigar se há motivos indevidos na troca da Superintendência do Rio. O caso será incluído no inquérito já instaurado por Celso de Mello.

Outro olhar: Moro deixou dúvidas para os investigadores da PGR e da PF. Veja quatro perguntas que a investigação deverá responder para avançar.
 
O Brasil registrou recorde de mortes diárias ligadas ao novo coronavírus. Foram 600 casos fatais confirmados pelo Ministério da Saúde na noite de terça-feira — as mortes ocorreram em dias diferentes, mas foram incluídas no segundo balanço divulgado ontem. O número de óbitos contabilizados desde o início da pandemia chegou a 7.921. O país soma 114.715 pessoas infectadas.

O que foi dito: antes da divulgação dos dados, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deveria haver uma redução das mortes, o que significaria que “o pior já passou”.

Gargalo: o Ministério da Saúde afirmou desconhecer o resultado de mais de 100 mil exames de Covid-19 realizados pela rede particular. A pasta cobrou o compartilhamento da informação, o que é previsto em lei desde a década de 1970. Outros 90 mil testes estão na fila de espera para serem processados.

O que está acontecendo: o avanço da epidemia no Brasil acendeu o alerta de governos da América do Sul. O país tem mais casos do que todos os países vizinhos somados. Argentina, Uruguai e Paraguai colhem bons resultados do isolamento. Uruguaios e peruanos já começaram a sair da quarentena.
Bolsonaro flerta com a anarquia militar. Na crise que incentiva misturam-se ingredientes tóxicos: a influência de sua família no governo, o ‘núcleo militar’ formado no Planalto, e a simpatia do presidente pela opinião de sargentos e suboficiais
Viu isso?
Agressão irritada: questionado sobre troca na PF do Rio, Bolsonaro mandou jornalistas “calarem a boca”. Ataque foi repudiado pela Associação Nacional de Jornais.
Guerrilhas virtuais: Alexandre de Moraes, do STF, foi alvo de ataques nas redes sociais coordenado por grupos de apoiadores de Bolsonaro no WhatsApp e no Telegram, mostram mensagens.
Confinamento total: o Ministério Público pediu à Justiça do Amazonas para decretar o lockdown em Manaus. São Luís iniciou medida ontem.
Contas da Caixa: dois milhões de trabalhadores informais receberam auxílio de R$ 600 e ainda não sacaram o dinheiro, informou o banco.
Impacto: a produção industrial registrou queda de 9,1% em março, o pior resultado desde a greve dos caminhoneiros.
Benefícios restritos: o governo do Rio obrigou empresas a devolver 10% de incentivos tributários para fundo de emergência. Objetivo é arrecadar R$ 268 milhões.
Falando da ditadura: o presidente do STF, Dias Toffoli, liberou uma publicação do Ministério da Defesa em defesa do golpe militar de 1964.
O embate entre os antigos aliados e as tentativas do presidente de intimidar o Congresso e o STF são analisados por Lauro Jardim e Fernando Gabeira
Secretária de Cultura conversa hoje com Bolsonaro para definir futuro. Ontem, foi pega de surpresa com a volta de Dante Mantovani à Funarte — já revogada
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