O ex-ministro Sergio Moro afirmou, em depoimento, que o presidente Jair Bolsonaro o pressionou por mensagem para trocar o comando da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. “Você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro”, teria escrito Bolsonaro. A mensagem foi apagada do celular de Moro. (Leia a íntegra do depoimento de Moro).
Perguntado sobre o motivo de desejar uma troca no posto, Bolsonaro afirmou que o Rio é seu estado e citou menção ao seu nome na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.
O Brasil registrou recorde de mortes diárias ligadas ao novo coronavírus. Foram 600 casos fatais confirmados pelo Ministério da Saúde na noite de terça-feira — as mortes ocorreram em dias diferentes, mas foram incluídas no segundo balanço divulgado ontem. O número de óbitos contabilizados desde o início da pandemia chegou a 7.921. O país soma 114.715 pessoas infectadas.
O que foi dito: antes da divulgação dos dados, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deveria haver uma redução das mortes, o que significaria que “o pior já passou”.
Gargalo: o Ministério da Saúde afirmou desconhecer o resultado de mais de 100 mil exames de Covid-19 realizados pela rede particular. A pasta cobrou o compartilhamento da informação, o que é previsto em lei desde a década de 1970. Outros 90 mil testes estão na fila de espera para serem processados.
Bolsonaro flerta com a anarquia militar. Na crise que incentiva misturam-se ingredientes tóxicos: a influência de sua família no governo, o ‘núcleo militar’ formado no Planalto, e a simpatia do presidente pela opinião de sargentos e suboficiais
Contas da Caixa: dois milhões de trabalhadores informais receberam auxílio de R$ 600 e ainda não sacaram o dinheiro, informou o banco.
Impacto: a produção industrial registrou queda de 9,1% em março, o pior resultado desde a greve dos caminhoneiros.
Benefícios restritos: o governo do Rio obrigou empresas a devolver 10% de incentivos tributários para fundo de emergência. Objetivo é arrecadar R$ 268 milhões.
Secretária de Cultura conversa hoje com Bolsonaro para definir futuro. Ontem, foi pega de surpresa com a volta de Dante Mantovani à Funarte — já revogada