EM QUARENTENA: Em vídeo, Bolsonaro diz que quer ‘todo mundo armado’

E mais: mortes no Brasil, epicentro latino, cloroquina, Enem
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22 de maio de 2020
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Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
A divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril jogou luz sobre os bastidores do governo e mostrou que o presidente Jair Bolsonaro estava insatisfeito com a atuação da Polícia Federal e outros órgãos do governo. No encontro, o presidente disse que iria interferir e até demitir ministro para obter informações de inteligência: “Não vou esperar foder minha família ou amigo meu”.

A divulgação do vídeo foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro é investigado por suposta tentativa de interferência na PF. Leia a transcrição do vídeo.

O que mais foi dito: Bolsonaro xingou governadores que decretaram medidas de isolamento social e fez defesa enfática de sua política de facilitar a compra e a posse de armas no Brasil. “Eu quero todo mundo armado”, disse, ao cobrar o então ministro Sergio Moro.

Abraham Weintraub (Educação) defendeu a prisão de ministros do STF. Damares Alves (Família) afirmou que pediria a prisão de governadores e prefeitos. Ricardo Salles (Meio Ambiente) sugeriu aproveitar que a atenção sobre a pandemia para “ir passando a boiada” em sua pasta. Paulo Guedes (Economia) defendeu a privatização do Banco do Brasil: “Tem que vender essa porra logo”.

Em paralelo: antes da divulgação do vídeo, Celso de Mello enviou à Procuradoria-Geral da República pedidos de deputados em ações sobre a suposta tentativa de interferência. Na lista, há pedido para apreensão dos telefones de Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro. O ministro Augusto Heleno (GSI) reagiu e disse que a apreensão do celular do presidente poderia ter “consequências imprevisíveis”. Entidades interpretaram a afirmação como uma ameaça golpista.
O Brasil se tornou o segundo país com mais casos de coronavírus no mundo. Ao atingir 330.890 contágios confirmados, superou a Rússia. Os Estados Unidos lideram as estatísticas, com mais de 1,5 milhão de infecções.

O Ministério da Saúde contabilizou 20.803 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, superando o recorde anterior, registrado na quarta-feira. Também foram registrados 1.001 novas mortes — o Brasil já somam 21.048 casos fatais ligados à doença.

Outro olhar: a Covid-19 já é a terceira doença mais letal do Brasil, com mais mortes que a diabetes, o câncer de mama e de doenças cerebrovasculares, como o AVC. A taxa de mortalidade no país cresceu 134% em maio.
Capitaneada pelo Brasil, a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia do coronavírus. O status foi dado pelo diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan. A região soma mais de 615 mil infectados e 34 mil mortes — 57% dos óbitos foram registrados em território brasileiro. Peru, Equador e Chile também têm contabilizado aumento de casos nos últimos dias.

O descontrole da pandemia em território brasileiro preocupa governos de países vizinhos. Os presidentes de Peru, Colômbia, Chile e Uruguai defenderam, em videoconferência, a importância de coordenação internacional. O governo colombiano classificou como “absolutamente difícil” a interlocução com autoridades brasileiras para frear a propagação do coronavírus na Amazônia.

Em paralelo: a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para uma crise no desenvolvimento humano no planeta, em crescimento desde 1990. “A Covid-19 pode mudar esta tendência com seu golpe triplo na saúde, educação e renda”, afirma a entidade.
NO BRASIL
330.890
CONFIRMADOS
21.048
MORTOS
NO MUNDO
5.180.982
CONFIRMADOS
336.432
MORTOS
Veja como ajudar ONGs, campanhas e instituições durante o período de isolamento social
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