O ESSENCIAL: Valeixo diz que Bolsonaro queria nome com ‘afinidade’ na PF

E mais: polêmica sobre o Enem, seguro-desemprego, Flup em edição virtual
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RIO, 12 DE maio de 2020
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Investigadores que atuam no inquérito sobre as tentativas de interferência na Polícia Federal terão acesso hoje ao vídeo da reunião ministerial citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova da pressão feita pelo presidente Jair Bolsonaro. O material será exibido a integrantes da Procuradoria-Geral da República e da PF, além da defesa de Moro, do próprio ex-ministro e de representantes da Advocacia-Geral da União. O vídeo também será periciado, a fim de determinar se houve ou não edição do conteúdo.

Em paralelo: os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) serão ouvidos hoje no Palácio do Planalto. Eles foram citados como testemunhas por Moro. Os depoimentos serão realizados no mesmo horário, em uma estratégia dos investigadores para evitar combinação de versões.

Aconteceu ontem: o ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo (foto) afirmou em depoimento ter ouvido duas vezes Bolsonaro manifestar desejo de ter no comando da PF alguém com quem tivesse “mais afinidade”. Ele disse ainda que não formalizou pedido para deixar o cargo. O diretor da Abin, Alexandre Ramagem, que teve nomeação para a PF barrada, disse que foi "desqualificado" pelo ex-ministro Sérgio Moro e negou ter "intimidade pessoal" com Bolsonaro e seus filhos. Também foi ouvido Ricardo Saadi, ex-superintendente da instituição no Rio.

O que foi dito: Bolsonaro disse não ter preocupação com o conteúdo do vídeo da reunião ministerial. “Nunca ofendi nem ameacei ninguém”, afirmou.
 
Cerca de 6,6 milhões de estudantes brasileiros não têm acesso à internet — a maioria estuda na rede pública de ensino. O contingente, indicado em levantamento do GLOBO, expõe as preocupações de educadores e universidades do país sobre as desigualdades no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020.

O que está acontecendo: o Ministério da Educação abriu ontem as inscrições para a edição do Enem deste ano, apesar da pressão de estudantes e instituições de ensino, que pedem o adiamento da prova, marcada para novembro, por causa da pandemia do coronavírus. O MEC também anunciou datas para inscrição para Sisu, ProUni e Fies.

O que isso significa: boa parte das escolas interromperam as atividades. Embora algumas tenham aderido ao ensino a distância, a ferramenta não é acessível por muitos estudantes.

Em paralelo: secretaria do Tribunal de Contas da União deu parecer favorável ao adiamento do Enem. O Inep terá de aceitar uma alteração na data da prova em caso de determinação do TCU.

Fique atento: as inscrições vão até 22 de maio no site do Inep. Pela primeira vez, o Enem será realizado em duas modalidades: uma presencial (em 1º e 8 de novembro) e outra digital (em 22 e 29 do mesmo mês). Cem mil candidatos realizarão a prova virtual.
O desgoverno na saúde levou a um apagão de informações. O país sabe o ritmo da inflação a cada dia, mas desconhece a realidade sanitária nas cidades, de pessoal, leitos e equipamentos na rede hospitalar
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Reação em série: governadores e especialistas criticaram o decreto de Bolsonaro que liberou o funcionamento de academias e salões de beleza. Estados terão palavra final sobre restrições.
Retratos da crise: 748 mil trabalhadores deram entrada no seguro-desemprego em abril, alta de 22,1% em relação ao mesmo mês de 2019. Neste ano, já são 2,3 milhões de requerimentos.
Sem notas: podem faltar cédulas de real para pagar os R$ 600 aos informais. O Banco Central pediu à Casa da Moeda para acelerar produção de dinheiro físico.
Óleo e gás: os cortes nos gastos promovidos pela Petrobras ameaçam cerca de 300 empresas e podem afetar até 45 mil empregos.
Sem receita: a Universidade Cândido Medes, fundada há 118 anos e com R$ 400 milhões de dívidas, apresentou pedido de recuperação judicial.
Ofensas e ameaça: o MP paulista denunciou dois manifestantes que participaram de ato no prédio Alexandre de Moraes, do STF.
Patrimônio: Larissa Peixoto, servidora do Ministério do Turismo, foi escolhida para a presidência do Iphan, que ficou cinco meses vaga.
Vítima da Covid-19: morreu ontem, aos 93 anos, a socialite Lourdes Catão, símbolo da alta sociedade carioca.
Celso Athayde, da Cufa, e Antônia Cleide Alves, líder comunitária de Heliópolis, analisam o impacto da Covid-19 nas regiões mais pobres do país
Plataforma lançada pelo GLOBO e Extra reúne no celular informações sobre tratamento, prevenção e medidas contra o coronavírus
Festa Literária das Periferias dedica edição à autora de ‘Quarto de despejo’, livro que faz 60 anos.  Jovens escrevem cartas para a escritora
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