EM QUARENTENA: Sem consultar ministro da Saúde, Bolsonaro libera academias e salões de beleza

E mais: chegada do vírus ao Brasil, reabertura de escolas e debate sobre fim da pandemia
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11 de maio de 2020
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
Academias, salões de beleza e barbearias poderão voltar a funcionar no país. As atividades serão incluídas na lista de serviços essenciais pelo presidente Jair Bolsonaro, em nova rodada de ampliação do instrumento que permite o funcionamento rotineiro dos estabelecimentos. O decreto passará a valer quando for publicado no Diário Oficial.

O que foi dito: contrário às medidas de isolamento social, Bolsonaro afirmou, ao anunciar o decreto, que a permissão para a reabertura dos serviços não representa tentativa de burlar as decisões de governadores e prefeitos. O ministro Nelson Teich (Saúde) disse que a medida não passou pelo seu ministério: "Não passou, não é atribuição nossa. Isso é uma decisão do presidente." 

Em paralelo: o Ministério da Saúde apresentou plano com novos critérios para orientar estados e municípios sobre medidas de distanciamento social. É o primeiro da gestão de Teich.

O o que diz o plano: está previsto um sistema de pontos baseado em quatro critérios — capacidade hospitalar instalada, contexto epidemiológico, velocidade de crescimento e índices de mobilidade urbana. O cruzamento dos índices gera pontuações, que representam cinco níveis de risco, do muito baixo ao muito alto. Para cada estágio, há uma recomendação de medida contra o coronavírus.
O Brasil, que chegou a 168.331 casos de Covid-19 e 11.519 mortes, tem mais da metade de seus municípios com registros do novo coronavírus. Ao todo, são 2.869 cidades com moradores infectados — nelas, vivem 184 milhões de pessoas. Em paralelo, 973 municípios, que representam 34%, confirmaram óbitos ligados à doença.

Panorama: o mais recente boletim do Ministério da Saúde confirma 396 casos fatais e 5.632 novas infecções nas últimas 24 horas. São Paulo continua sendo o estado mais afetado pela pandemia, com 46.131 casos. O Ceará, em terceiro, com 17.599, se aproxima dos números do Rio de Janeiro, que tem registrados 17.939 contágios. Veja o mapa da pandemia no país.
A Covid-19 foi uma doença silenciosa no Brasil por mais de um mês. Em janeiro, o coronavírus já provocava mortes no Rio de Janeiro, e no início de fevereiro, havia transmissão comunitária em São Paulo. As conclusões são de estudo da Fiocruz a partir de uma metodologia estatística inovadora baseada em registros de óbitos e de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

O que diz o estudo: o Rio teve a primeira morte ligada à doença entre 19 e 25 de janeiro. O óbito foi identificado por meio de exames moleculares. A transmissão local em São Paulo começou logo depois, entre 2 e 8 de fevereiro. Na semana antes do carnaval, nove brasileiros já tinham morrido com a doença, e 17 estavam internados.

Por que isso importa: o Brasil só começou a monitorar fronteiras em 13 de março, quando o vírus já circulava pelo país, segundo o estudo. Naquele dia, aponta a pesquisa, o país tinha 209 mortes e 736 contaminados. Os resultados, afirmam cientistas, indicam que o coronavírus se espalhou na América e na Europa ao mesmo tempo.
Em tempos mais racionais, qualquer outro candidato a medicamento, como a cloroquina, já teria sido abandonado, entrando na lista de boas tentativas
NO BRASIL
168.331
CONFIRMADOS
11.519
MORTOS
NO MUNDO
4.165.752
CONFIRMADOS
285.307
MORTOS
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