RIO, 4 DE JUNHO DE 2018 O essencial da manhã |
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| No presente: apetite por verbas mexe com partidos. Do passado: embaixada dos EUA deu alerta sobre desvios no regime militar Olá, bom dia. Envolvidos numa avalanche de casos de corrupção nos últimos anos, partidos tradicionais vêm perdendo espaço no número de eleitores filiados. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compilados pelo GLOBO mostram que, em 2002, MDB, PT, PSDB e PP tinham 49,5% do total de filiados a alguma legenda. Atualmente, a participação dos quatro partidos é de 41%. Esse quadro indica a cobiça cada vez maior de políticos por acesso a verbas dos fundos partidário e eleitoral, expressa na criação de legendas. Essa fragmentação ocorreu também na Câmara dos Deputados, indicando um cenário que pode se tornar ainda mais complexo para a governabilidade do presidente da República que será eleito em outubro. Na eleição de 2002, MDB, PT, PSDB e PP elegeram 285 parlamentares; hoje, as quatro legendas têm, juntas, 208 deputados. Entre os filiados, o espaço perdido foi ocupado, em parte, por outras quatro legendas que surgiram no período. PRB (criado em 2006), PSD (em 2011), PROS e Solidariedade (ambos em 2013) têm hoje pouco mais de um milhão de eleitores registrados, o equivalente a 6% do total, e mais de R$ 200 milhões de fundos públicos. As quatro legendas integram o centrão, bloco que já demonstrou força na Câmara ao, por exemplo, apoiar a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Casa, em 2015. Enquanto isso, as reformas... Entre os temas relevantes que devem tomar conta dos debates entre os presidenciáveis (e deveriam mobilizar o Congresso), está a reforma tributária, que voltou a ganhar os holofotes após a pressão dos caminhoneiros pela redução de impostos. Saiba o que pensam sobre essa questão os principais pré-candidatos à presidência da República. É a economia... O colunista Samy Dana mostra que, para protestar contra o governo, muitos brasileiros apoiaram acordo com caminhoneiros mesmo sabendo que, no fim, vão ficar com a conta da paralisação. 'Jeito is king' Documento enviado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, em 1984, para o Departamento de Estado em Washington revela que norte-americanos tinham visão bastante crítica sobre a derrocada do regime militar, contaminado por corrupção. Numa introdução didática, o telegrama explica o que é o “jeitinho”, um fenômeno social brasileiro, seu papel na prática cotidiana e como, devido a isso, a corrupção seria parte indissociável da política e da economia no país. A partir daí, o texto traça um quadro da decadência do governo Figueiredo, ao mencionar uma série de acusações de corrupção. "No nível nacional existem muitos escândalos que lançam nuvens sobre o governo Figueiredo", diz o informe. O assunto dominava o noticiário à época e, segundo os informantes norte-americanos, não apenas enfraquecia o governo do presidente João Figueiredo (1979-85), como indicava o fim próximo da ditadura militar que comandava o país desde 1964. "Entre muitos oficiais, dos mais baixos aos mais altos, há uma forte crença que os últimos 20 anos no poder corromperam os militares, especialmente o alto comando, e que agora é hora de deixar a política e suas intempéries e voltar a ser soldado", afirma o documento. O telegrama, obtido pelo GLOBO, faz parte de um lote de 694 documentos enviados pelo governo do então presidente Barack Obama ao de Dilma Rousseff. Foram três remessas, entre 2014 e 2015, para a Comissão da Verdade, que examinou abusos de direitos humanos durante a ditadura. Não está fácil para Trump O governo de Donald Trump poderá ter, em alguns meses, mais uma dor de cabeça: perder a maioria republicana no Congresso. Especialistas indicam que as eleições legislativas de novembro, que vão renovar todos os deputados e um terço dos senadores, devem gerar uma onda democrata que pode paralisar a Casa Branca. Quem quer dinheiro? Com a queda dos juros básicos da economia, o fim dos subsídios nos financiamentos do BNDES e as restrições na oferta de crédito dos bancos privados, as empresas estão se voltando cada vez mais para o mercado de capitais com o objetivo de levantar recursos para suas operações e investimentos . Nessa busca, os títulos de dívida com pagamento de juros ao investidor no futuro — as chamadas debêntures — vêm ganhando espaço: as emissões alcançaram R$ 90,8 bilhões em 2017, um recorde. Especialistas alertam, no entanto, que incertezas no cenário político podem desacelerar o ritmo de crescimento desse mercado. A pele e o papel A renúncia de Fabiana Cozza ao papel de Dona Ivone Lara em um musical, após críticas de que a artista tem pele clara demais para representar a dama do samba, jogou luz sobre a questão da representatividade na cultura. Medo no Leblon O assalto a uma joalheria na Rua Carlos Góis, no Leblon, deixou comerciantes e clientes assustados no bairro. Depois que o estabelecimento foi invadido por homens armados, no último dia 22, outros lojistas decidiram reduzir o horário de atendimento ou até trabalhar com as portas fechadas. Em alguns casos, os próprios clientes pedem para trancá-las. Mais medo na Pavuna O recém-lançado condomínio Rio do Ouro II, do programa Minha Casa, Minha Vida, localizado na Pavuna, Zona Norte do Rio, tem sido alvo de invasões constantes desde sexta-feira. Por ordem de traficantes, um bando derrubou o muro dos fundos do conjunto pelo menos quatro vezes e tentou ocupar apartamentos vazios. O objetivo da quadrilha, de acordo com a Polícia Civil, seria abrigar parentes nas unidades que ainda não foram vendidas. Grávidas e crianças estão sendo usadas na linha de frente dos ataques. Siga o líder Flamengo bate o Corinthians por 1 a 0, no Maracanã, e continua na ponta do Brasileirão. Quero ser líder Neymar entra no segundo tempo, muda ritmo da seleção, e Brasil bate a Croácia por 2 a 0 . -
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