O ESSENCIAL: Bolsonaro, Alckmin e Ciro tentam desatar nós de suas campanhas

E mais: Câmara cria 'licença-paternidade' para avós, e o Rio enfrenta disputa por territórios
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RIO, 6 DE JUNHO DE 2018

O essencial da manhã


No xadrez político, Bolsonaro manobra, Alckmin desabafa, e Ciro avança por acordo


Olá, bom dia.

Embora a campanha oficial não tenha começado, os movimentos no tabuleiro político se intensificam: três pré-candidatos à Presidência da República atuam para desatar nós de suas campanhas, enquanto representantes do centro lançam manifesto pela união de forças.

Líder nas pesquisas sem a presença do ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro (PSL) concentra esforços em adiar, para depois da eleição, o julgamento no Supremo Tribunal Federal que pode condená-lo por ofensas à deputada Maria do Rosário (PT-RS). Ele indicou, como testemunhas, aliados que só querem depor em agosto. Um deles é o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) — há um ano, ele confessou ter recebido R$ 100 mil de caixa dois da JBS.

O problema de Geraldo Alckmin (PSDB) é interno. Sem decolar nas pesquisas, o tucano está ressentido pela falta de apoio de aliados. Reclamou do “corpo mole” e chegou a sugerir que o PSDB poderia substituí-lo. A bancada do partido entendeu o recado e fez fila para gravar vídeos de apoio à sua candidatura.

Já Ciro Gomes (PDT) avançou na estratégia de aumentar seu tempo de televisão. Seu partido acertou acordo com o PSB em Minas Gerais e negocia estender a aliança à campanha presidencial.

Enquanto isso, parlamentares de centro se uniram contra as candidaturas de Bolsonaro, Ciro, Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D'Ávila (PCdoB). O ex-presidente Fernando Henrique apoiou o manifesto lançado, mas Rodrigo Maia (DEM) e Álvaro Dias (Podemos) fizeram críticas, conta Lydia Medeiros.

  • Merval Pereira: representantes de centro-direita e esquerda temem perder a eleição se não se unirem em torno de uma só candidatura.

  • A alta do dólar reforça a opinião — corrente no mercado financeiro — de que Bolsonaro não é capaz de tocar agenda de reformas, avalia a coluna de Míriam Leitão.

  • O Tribunal Superior Eleitoral assinou acordo com dez partidos para combater as “fake news”.

Licença para avós
Avós maternos poderão tirar “licença-paternidade” de cinco dias caso o pai do bebê não seja declarado na certidão de nascimento. É o que prevê projeto de lei aprovado na Câmara. O texto ainda será analisado pelo Senado.

  • Deputados também aprovaram projeto que acaba com casamentos antes dos 16 anos.

Reajustes na berlinda
O governo saiu de cena na crise envolvendo a Petrobras. Caberá à Agência Nacional do Petróleo determinar, após consulta pública, a periodicidade dos reajustes dos preços dos combustíveis. A decisão deverá ser divulgada até meados de agosto. Além da empresa, os novos prazos vão atingir importadores e distribuidoras. Analistas receberam a notícia com otimismo.

  • Empresas preparam ações judiciais para recuperar perdas provocadas pela paralisação dos caminhoneiros.

  • Especialistas avaliam que a crise não diminuiu o interesse no leilão do pré-sal, considerada a área mais atraente do mundo para exploração de petróleo.

  • Elio Gaspari: nada de bom aconteceu com a Petrobras desde a greve.

Ordem do crime
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), atribuiu à facção paulista PCC a ordem para os ataques a ônibus, órgãos públicos e agentes penitenciários no estado e no Rio Grande do Norte. Cerca de 50 veículos já foram incendiados nas cidades mineiras desde domingo.

Zonas de confronto
Ao menos 24 comunidades do Rio são palco de disputas entre grupos armados — entre traficantes de facções rivais ou contra milicianos. Os confrontos mais recentes ocorreram ontem nos morros Chapéu-Mangueira e Babilônia, no Leme, e deixaram dois mortos e aterrorizaram a população. O policiamento no local segue reforçado.

Quem cuida do Porto
A prefeitura do Rio terá de assumir, a partir do dia 15, a manutenção da área do Porto Maravilha, que tem mais de 5 milhões de metros quadrados. A Caixa diz que está sem dinheiro para a conservação. O custo anual é de R$ 420 milhões.

Teerã contra-ataca
O anúncio do Irã sobre construção de centrífugas para enriquecimento de urânio aumentou a pressão sobre a União Europeia, que busca uma solução para manter o acordo nuclear após a saída dos Estados Unidos. 

O isolamento de Caracas
A Organização dos Estados Americanos deu início ao processo de suspensão da Venezuela. A decisão histórica foi tomada por 19 votos a 4. Onze nações se abstiveram. Outra votação, ainda sem data, será realizada para confirmar a punição.

Criança argentina protesta em favor da legalização do aborto no centro de Buenos Aires. Foto: Eitan Abramovich/AFP

Argentina dividida
Impulsionada pelo Executivo e o Legislativo, a proposta de legalização do aborto provocou um racha na sociedade argentina e colocou a Igreja em alerta, conta a correspondente Janaína Figueiredo. A iniciativa será votada na Câmara no dia 13 — deputados avaliam que as chances de aprovação são altas.

Viu isso?

  • Mercado já vê filme “Han Solo” como fracasso e calcula prejuízo.

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  • Vasco anuncia Jorginho como novo técnico e demite executivos.

 

DA REDAÇÃO

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