As incertezas provocadas pelo avanço do coronavírus fez a cotação do dólar saltar em uma semana de R$ 4,39 para R$ 4,48, valor registrado nesta sexta-feira. É o maior patamar da moeda americana frente ao real na história, alcançado após oito dias de altas consecutivas. A valorização no mês fechou em 4,5%. Ao longo do dia, a divisa chegou a bater em R$ 4,451.
Enquanto o dólar sobe, o índice da Bolsa de Valores de São Paulo cai. O Ibovespa recuou a 102.256 pontos. Bolsas europeias seguem o movimento, com quedas superiores a 12% nesta semana, o que representa as maiores baixas desde 2008, ano da crise financeira mundial.
Efeitos de longo prazo: analistas já estimam que o Produto Interno Bruto mundial tenha crescimento abaixo de 3% este ano. Além de afetar empresas chinesas, que seguem fechadas, e o comércio global, o coronavírus deve impactar o turismo.
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Temendo que a tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso inviabilize pautas importantes, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) decidiu segurar o andamento de projetos de seu interesse . A decisão de aguardar um cenário favorável no Legislativo afetará o envio da proposta de reforma administrativa e a tramitação das Propostas de Emenda à Constituição chamadas de PEC Emergencial, que corta jornada e salários de servidores públicos, e a PEC do novo Pacto Federativo
Em paralelo: o Congresso e o Palácio do Planalto travam disputa sobre os vetos presidenciais ao Orçamento de 2020. Parlamentares querem levá-los à votação na próxima semana, mas articuladores do governo trabalham para adiar a votação.
A rápida disseminação do coronavírus pelo mundo já altera a rotina, inclusive no Brasil, de empresas com operações globalizadas que atuam nos setores de alimentos, energia, autopeças e eletrônicos, entre outros. Companhias como Nestlé, L’Oréal, Ferrero, BRF e Enel têm cancelado viagens internacionais, dado prioridade a teleconferências e recomendado quarentena domiciliar a executivos que estiveram em regiões afetadas pelo vírus.
Em paralelo: ao menos 12 milhões de trabalhadores do comércio e serviços no país estão recebendo de sindicatos cartilhas virtuais com recomendações para se prevenir contra o coronavírus.
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