Após o presidente Jair Bolsonaro desembarcar sábado no Rio e dançar ao lado do prefeito Marcelo Crivella em evento evangélico, cresceu a possibilidade de uma nacionalização da campanha. O que deixou exultante o prefeito e seus aliados. "O importante são os gestos. E eles são claros", disse Rodrigo Bethlem, um dos assessores mais próximos de Crivella.
Bastidores: Outra surpresa que veio com Bolsonaro foi a presença do juiz titular da Lava-Jato no Rio, Marcelo Bretas . Ele cantou e dançou no culto organizado pela Igreja Internacional da Graça de Deus no Rio de Janeiro, atrás do presidente e de Crivella. Disse ter sido convidado pelo próprio Bolsonaro. E foi de carro com ele até o evento. Sua "campanha" à próxima vaga ao Supremo é provável razão para tamanha proximidade.
O final de semana pré-carnavalesco levou cerca de um milhão de foliões às ruas. O bloco da cantora Preta Gil, um dos maiores do carnaval, destacou o poder da mulher e seu direito "de ser o que quiser" e fez uma parceria com quatro blocos femininos.
O lucro esperado: Estudo calcula que 2020 será o carnaval mais lucrativo desde 2017. A expectativa é que o estado fature R$ 2,6 bilhões com a festa. Os cálculos foram feitos pela Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor corresponde a um terço dos R$ 7,99 bilhões projetados para o país. Serão gerados aproximadamente 8.500 empregos temporários no Rio. O Copacabana Palace, por exemplo, está 100% ocupado para o Carnaval – o ano passado a ocupação foi de 89%.
O modelo de privatização da Cedae, feito pelo BNDES, não inclui a captação e o tratamento de água na Região Metropolitana do Rio, que estão no centro da atual crise de abastecimento. O projeto prevê a concessão da coleta e do tratamento de esgoto, além da distribuição de água. Especialistas consultados pelo GLOBO defendem que todos os serviços prestados hoje pela companhia passem para a iniciativa privada.
O que está acontecendo: na quarta-feira, representantes de 15 prefeituras da Região Metropolitana deram aval à modelagem feita pelo BNDES. São Gonçalo e Rio de Janeiro se posicionaram contra.
O que está no projeto: os serviços serão concedidos em quatro blocos. A meta é atingir a universalização do fornecimento de água em 15 anos e chegar a 90% da coleta e do tratamento de esgoto em 20 anos. Estão previstos investimentos de R$ 32,5 bilhões. Em 35 anos, são previstas receitas no total de R$ 331,4 bilhões.