O governo do Rio pretende passar à iniciativa privada as áreas de captação e tratamento de água da Cedade por meio de uma operação de venda de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores já em 2021. O plano foi revelado pelo governador Wilson Witzel em entrevista ao GLOBO: “A ideia é vender 60% das ações para o mercado”. O valor e a modelagem ainda serão definidos.
Entenda: a venda na Bolsa deve ocorrer após o leilão de outras áreas da Cedae — distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto —, a ser realizado em outubro ou novembro deste ano. O BNDES conduz o processo de privatização. Segundo diretor do banco, há mais de 20 empresas interessadas na compra.
Outros planos: Witzel disse também querer leiloar a Estação de Tratamento de Água Guandu 2, que ainda não começou a ser construída. “Será uma nova Cedae”, afirmou.
O governo federal cogita editar um decreto para acelerar o processo de venda de estatais e bens da União. A medida conteria os procedimentos para as privatizações de empresas públicas, exceto em casos vedados pela legislação atual, como a Eletrobras, o Banco do Brasil e outras. O decreto é visto como alternativa à proposição de projeto de lei ao Congresso, cujo prazo de tramitação é imprevisível.
Entenda: o decreto deve estabelecer mecanismos para que a avaliação de valores e contratação de consultores sejam realizadas de maneira mais rápida do que ocorre hoje. Os técnicos ainda estudam se é preciso incluir uma lista de empresas para privatização. A avaliação hoje é que isso não é necessário.
Em paralelo: o Palácio do Planalto deve enviar até quinta-feira a proposta de reforma administrativa, que altera a estrutura do funcionalismo público.
Entenda: o sarampo tem alto grau de contágio, cinco vezes maior do que o do coronavírus que se espalha pela Ásia. Alertados sobre os riscos, cariocas têm buscado a imunização: 309.492 pessoas se vacinaram na cidade este ano.