Na volta do peronismo ao poder, Alberto Fernández toma posse hoje como presidente da Argentina. Aliado ao kirchnerismo, ele se elegeu com a promessa de “botar dinheiro no bolso” da população e a missão de reativar a economia. O novo presidente assume o país em meio a uma inflação que volta a rondar 50% e uma recessão que levou a taxa de pobreza a 40%.
A alta do dólar, que mudou de patamar e está acima e R$ 4, não deve garantir melhora na balança comercial brasileira em 2020. As exportações devem registrar taxas de crescimento menores do que as importações . Consultorias e instituições ligadas ao comércio exterior estão revendo projeções, e estimam que o saldo fique abaixo do esperado para 2019 — cuja previsão é de um superávit de cerca de US$ 45 bilhões.
O que está acontecendo: incertezas sobre a economia argentina, a guerra comercial entre China e Estados Unidos e a tendência de aumento de medidas protecionistas afetam as exportações brasileiras. Por outro lado, a recuperação da atividade econômica no país deve estimular as importações.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, afirmou intenção de liberar para julgamento no primeiro semestre de 2020 um processo que discute a possibilidade de candidaturas avulsas em eleições no país . Ontem, o ministro conduziu audiência pública sobre o tema. O caso chegou à Corte na eleição de 2016 e não estará necessariamente resolvido até o pleito do ano que vem. A data de votação será definida pelo presidente Dias Toffoli.
Como é no mundo:apenas 22 entre 245 países proíbem as candidaturas independentes. Além do Brasil, fazem parte do grupo Argentina, Bolívia, Suécia, Angola e Nigéria. Há nações que autorizam candidatos avulsos para a disputa da Presidência; outras permitem apenas para cargos do Legislativo.
Duas opiniões: o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira afirma que a proposta é reacionária, enquanto Eduardo Mufarej, fundador do movimento RenovaBR, diz que a política não deveria ser monopólio dos partidos. Leia os argumentos.
No primeiro episódio do podcast com plateia, presidente da Câmara dos Deputados defende aliança ampla de centro para 2022 e fala sobre o protagonismo do Congresso no governo de Jair Bolsonaro