O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o futuro ministro da Justiça, o juiz Sergio Moro, deve usar força total no combate à corrupção. Em comunicado ao vivo no Facebook, no qual comentou sua agenda durante a semana, ele disse que Moro “antes pescava com varinha, agora vai pescar com rede de arrastão”. Bolsonaro negou ter conversado com o juiz antes do segundo turno e disse que eventuais divergências entre eles serão resolvidas buscando “o meio termo”.
Além de Moro, cinco ministros já foram anunciados por Bolsonaro. Outros nomes devem ser divulgados nos próximos dias. Nesta sexta-feira, o embaixador Luis Fernando Serra se reuniu com a equipe de transição de governo, em Brasília. Ele está cotado para assumir o Itamaraty.
E o comando do Ministério da Defesa provoca atritos entre as Forças Armadas. Incomodada com acenos do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, à Marinha, a cúpula do Exército se movimenta para garantir a indicação à pasta, revela o repórter Vinicius Sassine.
Reforma da Previdência Bolsonaro negou que pretende aumentar a alíquota de contribuição previdenciária para servidores públicos para até 22%. No vídeo, ele se refere à reportagem do GLOBO que mostrou que sua equipe econômica cogita a medida. Segundo o futuro presidente, esta foi uma das propostas recebidas pelo grupo em Brasília. Bolsonaro defendeu que a reforma foque no funcionalismo, que afirmou ser o regime mais deficitário.
Fiscalização do Enem Na transmissão ao vivo, Bolsonaro também disse que, no próximo ano, “vai olhar antes” a prova do Enem, para evitar questões que abordem a temática LGBTI — o eleito criticou uma pergunta feita na prova do último domingo sobre palavras usadas por transexuais.