O presidente eleito escolheu o colombiano naturalizado Ricardo Vélez Rodríguez para assumir o Ministério da Educação no futuro governo. A decisão, anunciada no Twitter, foi tomada após as reações negativas aos nomes do educador Mozart Neves Ramos, vetado pela bancada evangélica, e do procurador Guilherme Schelb, que não tem ligação com a área.
De perfil conservador, Rodríguez defende o projeto Escola sem Partido como “providência fundamental”. Ele foi apresentado por Bolsonaro como professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Em seu blog, porém, o futuro ministro diz que militou em “organizações consideradas terroristas pelo regime militar”.
Sua indicação partiu do filósofo Olavo de Carvalho, que já havia emplacado Ernesto Araújo como futuro chanceler. O colunista Bernardo Mello Franco analisa a influência do guru da ultradireita política sobre o presidente eleito.
A bancada evangélica se sentiu “contemplada” com a escolha. Mas educadores consultados pelo GLOBO ponderaram que o futuro ministro não tem histórico de gestão no setor de educação. Ele terá pouco tempo, até assumir, para montar um plano de ações para o ministério.
No podcast Momento da Política, colunista debate a estratégia para evitar o ‘toma lá dá cá’, que pode gerar reação de partidos em votações no Congresso