A saída de Cuba do programa Mais Médicos fez o Ministério da Saúde adotar tom emergencial na convocação de profissionais brasileiros para substituir os cubanos. O órgão prepara lançamento do edital de seleção para a próxima semana. Na segunda etapa, vai abrir o programa para brasileiros que moram no exterior. E a pasta estuda, também, uma forma de atrair médicos que se formaram com a ajuda do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O fim da parceira retira cerca e 8,3 mil cubanos do país.
Embora o ministro da Saúde ainda discuta detalhes da saída dos profissionais do país, o primeiro grupo de cubanos já voltou para casa. Menos de 24 horas após a decisão, 196 médicos desembarcaram em Havana e foram recebidos por autoridades locais. O clima era festivo e foi registrado pela emissora de televisão estatal.
Enquanto isso, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez novas críticas aos termos da parceria. Questionou a qualidade dos profissionais e voltou a comparar a situação dos cubanos à escravidão. Disse, ainda, que vai oferecer asilo a quem quiser permanecer no Brasil.
A postura de Bolsonaro recebeu elogios do governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump costuma criticar autoridades cubanas e prometeu não levar adiante políticas de reaproximação entre os dois países.