EM QUARENTENA: Bolsonaro recua e invalida autorização para suspender contratos de trabalho

E mais: alta nas mortes, crise em Nova York, novo alerta da OMS
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23 de MARÇO de 2020
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Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
Durou menos de 24 horas a decisão do governo federal de permitir a suspensão de contratos de trabalho por até quatro meses. Após reações no Legislativo, no Supremo Tribunal Federal e no Ministério Público e críticas de centrais sindicais e nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro recuou e determinou a suspensão de trecho da Medida Provisória 927, que estabelece regras trabalhistas durante a pandemia do coronavírus.

O que aconteceu: após defender a MP 927 pela manhã, Bolsonaro informou ter revogado o artigo que permitia que empregados ficassem até quatro meses sem salários, sem garantias. O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que houve um “erro na redação” da medida. Na semana passada, o governo havia anunciado que permitiria a redução de até 50% em jornadas e salários de trabalhadores e custearia 25% do vencimento, para faixas salariais mais baixas, o que não constava na MP.

Bastidores: ao se deparar com a repercussão negativa, Bolsonaro telefonou para Guedes cobrando explicações. O ministro, por sua vez, procurou a equipe econômica e ouviu que a MP foi editada rapidamente para evitar demissões. Técnicos agora trabalham em novo texto que institui a suspensão temporária de contratos e garantem ao trabalhador o recebimento de R$ 1.813,03, a parcela máxima do seguro-desemprego. A avaliação é de que Bolsonaro terá de ser novamente convencido.

Em paralelo: Bolsonaro anunciou pacote de R$ 85,5 bilhões para reforçar o caixa de estados e municípios. Ele prometeu suspender o pagamento de dívidas dos estados com a União, que pode chegar a R$ 12,6 bilhões. Enquanto isso, o Banco Central anunciou novas medidas para oferecer R$ 1,2 trilhão em liquidez ao mercado.

Outro olhar: após criticar governadores por medidas contra o coronavírus, Bolsonaro acenou aos chefes de Executivo estaduais e convocou videoconferência com lideranças do Norte e do Nordeste. Pesquisa Datafolha mostrou que atuação do presidente na crise tem avaliação pior do que a de governadores.
O país já soma 1.891 diagnósticos do novo coronavírus (Covid-19) e 34 mortes, informou o Ministério Público. O Sudeste concentra 60% dos casos — São Paulo tem 745 pacientes e 30 vítimas fatais, e o Rio contabiliza 233 casos e quatro mortes, incluindo o primeiro óbito na capital.

Medidas anunciadas: o governo de São Paulo prometeu iniciar, a partir de quarta-feira, a aplicação de 2 mil testes por dia no estado. Dezessete laboratórios realizarão diagnósticos. O estado iniciará amanhã quarentena obrigatória de 15 dias. Enquanto isso, o município do Rio pretende usar sinal emitido por antenas de celulares para detectar aglomerações de pessoas, que são desaconselhadas e representam risco de propagação do vírus. A ação deve começar em 15 dias. A prefeitura ordenou uma faxina geral na cidade. Niterói também adotou medida de sanitização de espaços públicos, que foi aplicada na China.

Aconteceu hoje: começou a campanha nacional de vacinação contra a gripe. No Rio e em São Paulo, vacina foi aplicada em modelo “drive thru”. Em Copacabana, houve aglomeração de idosos , ao contrário do que pedem autoridades de saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu novos alertas para a aceleração da pandemia de coronavírus, que já passa de 300 mil casos em todo o mundo — um terço registrado em apenas quatro dias. O diretor-geral da instituição, Tedros Ghebreyesus, pediu coordenação política em nível mundial. “Podemos mudar a trajetória”, afirmou. Cerca de 1,7 bilhão de pessoas em mais de 50 países ou territórios receberam orientação para ficarem confinadas e evitar a propagação do vírus. Na Índia, 700 mil pessoas entraram em isolamento hoje.

Alerta nos EUA: o estado de Nova York está se tornando novo epicentro da Covid-19. Com mais de 15 mil casos, a região já concentra 5% das contaminações no mundo. Autoridades já ordenaram o fechamento do comércio não essencial e recomendam que a população permaneça em casa, mas resistem à ideia de impor quarentena total sobre a cidade de Nova York.

Crise na Europa: outros epicentros do coronavírus, Itália e Espanha já registram oito mil funcionários da saúde contaminados. A disseminação da doença em unidades de saúde tem preocupado autoridades. Juntos, os países somam cerca de 90 mil casos de Covid-19.
NO BRASIL
1.891
CONFIRMADOS
34
MORTOS
NO MUNDO
375.458
CONFIRMADOS
16.371
MORTOS
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