O que aconteceu: após defender a MP 927 pela manhã, Bolsonaro informou ter revogado o artigo que permitia que empregados ficassem até quatro meses sem salários, sem garantias. O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que houve um “erro na redação” da medida. Na semana passada, o governo havia anunciado que permitiria a redução de até 50% em jornadas e salários de trabalhadores e custearia 25% do vencimento, para faixas salariais mais baixas, o que não constava na MP.
Bastidores: ao se deparar com a repercussão negativa, Bolsonaro telefonou para Guedes cobrando explicações. O ministro, por sua vez, procurou a equipe econômica e ouviu que a MP foi editada rapidamente para evitar demissões. Técnicos agora trabalham em novo texto que institui a suspensão temporária de contratos e garantem ao trabalhador o recebimento de R$ 1.813,03, a parcela máxima do seguro-desemprego. A avaliação é de que Bolsonaro terá de ser novamente convencido.
Alerta nos EUA: o estado de Nova York está se tornando novo epicentro da Covid-19. Com mais de 15 mil casos, a região já concentra 5% das contaminações no mundo. Autoridades já ordenaram o fechamento do comércio não essencial e recomendam que a população permaneça em casa, mas resistem à ideia de impor quarentena total sobre a cidade de Nova York.
Crise na Europa: outros epicentros do coronavírus, Itália e Espanha já registram oito mil funcionários da saúde contaminados. A disseminação da doença em unidades de saúde tem preocupado autoridades. Juntos, os países somam cerca de 90 mil casos de Covid-19.
Fontes confiáveis: os brasileiros confiam mais em jornais e TVs do que em outros meios de comunicação e redes sociais para se informar sobre a pandemia, indicou o Datafolha.