O ESSENCIAL: Rio suspende aulas e fecha teatros e cinema

E mais: teste de Bolsonaro, medidas de Guedes, pandemia na Europa, emergência nos EUA
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RIO, 13 de MARÇO de 2020
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O governo do Rio determinou a suspensão das aulas das redes públicas e o fechamento de teatros, cinemas e casas de show no estado por 15 dias. A medida, assinada pelo governador Wilson Witzel, foi anunciada no mesmo dia em que o Ministério da Saúde confirmou que os municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo já registram transmissão comunitária do novo coronavírus, em que não é possível rastrear a origem da infecção. A prefeitura de São Paulo cancelou todos os eventos públicos com aglomerações — o Lollapalooza no Brasil foi adiado para dezembro.

Em paralelo: ao menos 210 mil universitários terão aulas suspensas. A UFRJ, a UFF, a Uerj a Unicamp, a UnB e instituições particulares adotaram medidas restritivas por causa do coronavírus. Jogos de futebol nas capitais de Rio e São Paulo deverão ser realizados sem a presença do público. O Flamengo, que vai a campo neste sábado, decidiu submeter atletas a exames depois que um vice-presidente apresentou sintomas da doença.
 
O presidente Jair Bolsonaro informou ter testado negativo para o coronavírus e voltou ao Palácio do Planalto. Ao sair do Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente, ele disse que a “vida segue normal” e atacou a imprensa. Bolsonaro manteve distância de apoiadores.

Em paralelo: o ministro Paulo Guedes (Economia) prometeu lançar em 48 horas um programa de medidas contra efeitos econômicos da pandemia, depois de críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Guedes também cobrou mobilização do Congresso.

Em detalhes: o governo determinou trabalho remoto de 14 dias aos servidores do Poder Executivo que retornaram do exterior e apresentaram sintomas da doença.
 
Com a desaceleração de novos casos de coronavírus na China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Europa como novo epicentro da pandemia, que já provocou mais de cinco mil mortes no mundo , a maioria em território chinês. O continente tem sete dos dez países com maiores números de infectados. O cenário mais grave está na Itália — o país registrou 250 mortes nas últimas 24 horas e já tem 17 mil contaminados.

Medidas anunciadas: o governo espanhol vai declarar estado de emergência amanhã, o que permitirá confinamento de pessoas e racionamento de mercadorias. Portugal decretou estado de alerta e aprovou quase 30 medidas de exceção, como a interdição de praias. A Alemanha anunciou plano econômico que inclui crédito ilimitado para empresas: serão US$ 555 bilhões para financiamento.

Ações na América: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de emergência e vai distribuir até US$ 50 bilhões a estados e locais atingidos. A Venezuela suspendeu aulas depois de registrar os dois primeiros contágios em seu território.
Viu isso?
Nova cotação recorde: o dólar chegou a R$ 4,81. Bolsa de São Paulo perdeu 15,63% na semana, a pior desde outubro de 2008.
CPI das Fake News: o Senado exigirá do Twitter e do Facebook a quebra de sigilo de contas nas redes sociais alegando autoridade judicial.
Caso dos passaportes: um tribunal paraguaio negou a apelação da defesa de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, que permanecerão presos.
Efeitos do vírus: o setor de turismo pode fechar 50 milhões de postos de trabalho no mundo, estimam entidade internacional.
Coronavírus no futebol: a Uefa adiou jogos da Liga dos Campeões. Inglaterra e França suspenderam partidas, e a Alemanha terá jogos com portões fechados.
Reajuste: a Agetransp autorizou aumento da tarifa do metrô do Rio para R$ 5 a partir de 2 de abril.
Presente ao país: a modelo Gisele Bündchen planeja plantar 40 mil árvores no Brasil para celebrar seu aniversário de 40 anos.
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