Medidas de isolamento ganharam força ao redor do mundo como tentativa de frear o avanço do coronavírus, epidemia que já provocou quatro mil mortes. Até o momento, já foram afetados eventos esportivos, festivais culturais, compromissos políticos e a rotina de milhões de alunos. Um em cada cinco estudantes de todo o mundo está sem aulas.
No setor cultural, o coronavírus levou ao adiamento do Coachella, nos EUA, e pode mudar a data do Festival de Cannes, um dos principais eventos de cinema do mundo. Artistas como Madonna e Neil Young cancelaram turnês. A Feira do Livro de Londres foi suspensa.
Nos EUA, os dois principais candidatos à indicação democrata à Presidência, Joe Biden e Bernie Sanders, cancelaram comícios. Um debate previsto para domingo será realizado sem a presença do público. Mais de 50 eventos foram cancelados no país. No Reino Unido, a ministra da Saúde, Nadine Dorries, revelou ter contraído o vírus e está em isolamento.
Em paralelo: o Ministério de Saúde prepara regras para a quarentena e o isolamento domiciliar no combate ao coronavírus. As normas vão incluir realização obrigatória de testes em pessoas consideradas casos suspeitos que recusarem o exame. Ontem, o Distrito Federal informou que um homem de 45 anos, que foi obrigado pela Justiça a realizar o exame, testou positivo para a doença.
Bastidores: o comando do Congresso avalia que é necessário adotar atitudes que desidratem a narrativa de Bolsonaro de que é vítima de articulações políticas. Duas opções foram discutidas: colocar o projeto em banho-maria por tempo indeterminado ou simplesmente rejeitar a proposta. Na berlinda, Ramos tenta desanuviar a crise, que já provoca dúvidas sobre sua permanência no cargo. O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) é citado como um possível substituto.
A serenidade de Guedes inquieta quando ele diz que “a democracia brasileira vai reagir, transformando essa crise em avanço das reformas”. Uma coisa tem muito pouco a ver com a outra
Viu isso?
Acusação do presidente: o procurador-geral Augusto Aras disse não ter recebido provas de fraude eleitoral, citada por Bolsonaro, mas defendeu adoção do voto impresso no país.