A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o status do coronavírus para pandemia mundial. A doença Covid-19 já atingiu mais de 110 países e matou 4.300 pessoas. O Brasil soma 52 casos confirmados de contágio — 17 nas últimas 24 horas. São Paulo tem 30 pacientes, e o Rio, 13.
Panorama no mundo: a Itália endureceu medidas, determinando o fechamento de lojas, bares e restaurantes — apenas mercados e farmácias seguirão abertos. A Polônia fechou escolas, universidades, cinemas e museus. A Alemanha, que registrou mais de 1,2 mil contágios, estima que até 70% da população pode ser infectada.
A Bolsa de Valores de São Paulo despencou pela segunda vez na semana, com recuo de 7,64%, para o patamar de 85 mil pontos. Assim como na segunda-feira, foi acionado o circuit breaker, mecanismo que interrompe negociações diante de queda superior a 10%. O dólar fechou o dia em alta, cotado a R$ 4,721. Bolsas europeias e americanas também enfrentaram desvalorização.
O que aconteceu: a decretação de pandemia de coronavírus influenciou o desempenho do mercado. Analistas também destacaram a revisão para baixo da estimativa do governo para o crescimento da economia brasileira em 2020 — agora, de 2,1%.
Efeitos colaterais: a turbulência coloca em risco 25 ofertas de ações de empresas brasileiras. A Petrobras pode adiar a venda de oito refinarias prevista para este ano.
O Congresso derrubou veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que amplia requisitos para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos. A decisão provocará impacto de R$ 20 bilhões nas contas públicas este ano, segundo o governo.
Em paralelo: a derrota do governo ocorre em meio ao tensionamento da relação com o Congresso. Em disputa, está o controle de R$ 30 bilhões do Orçamento. Hoje, a Comissão Mista do Orçamento aprovou o projeto que deixa R$ 19 bilhões sob controle de deputados e senadores. Apesar de tê-la enviado, o presidente Jair Bolsonaro diz ser contrário à proposta. Um grupo de 75 parlamentares pediu que o Bolsonaro retire o projeto.
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