Panorama no país:subiu de 234 para 291 o número de contágios confirmados pelo Ministério da Saúde. A quantidade de casos suspeitos saltou para 8.819 após mudança na metodologia.
Horas depois de registrada a primeira morte, o governo decidiu pedir ao Congresso a decretação do estado de calamidade pública no país. A medida permitirá aumentar os gastos com saúde e reduzir os efeitos econômicos da pandemia. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), estimou que 15% da população vai precisar de internação hospitalar e o país passará por três meses “de muito estresse”.
Contexto: as medidas foram adotadas horas depois de o presidente Jair Bolsonaro criticar governadores por adotarem medidas restritivas contra a epidemia. Bolsonaro afirmou que as restrições vão prejudicar a economia e voltou a chamar a reação de autoridades de “histeria”. Hoje, Bolsonaro se reunirá com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
O governo do Rio restringiu a circulação de ônibus no estado, isolou a Região Metropolitana e obrigou a redução na quantidade de passageiros no transporte público. Ônibus que partiram de outros estados com registro de transmissão sustentada do coronavírus (em que não se identifica a origem do contágio) estão proibidos de circular pelo Rio por 15 dias — critério que inclui São Paulo. Coletivos e vans não poderão realizar viagens entre cidades da Região Metropolitana e municípios do interior. Também foram suspensos eventos e atividades coletivas e recomendada a adoção de restrições em bares, restaurantes e academias.
A União Europeia fechou suas fronteiras externas por 30 dias para cidadãos de países que não pertencem ao bloco. A medida uniformiza a resposta da UE à pandemia, uma vez que nações europeias já vinham adotando barreiras na circulação de turistas e visitantes. A fronteira da Irlanda com o Reino Unido, no entanto, permanecerá aberta. Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia pedido que a Europa adotasse “as medidas mais ousadas possíveis”. O continente é o atual epicentro do vírus, que já matou 7.063 pessoas pelo mundo e infectou 180 mil em 145 países.
Executiva de Recursos Humanos explica como tornar esse período de restrições mais produtivo. Infectologista conta os cuidados adicionais para quem precisa sair de casa para trabalhar