O ESSENCIAL: Após 1ª morte por coronavírus, governo pede estado de calamidade

E mais: restrições no Rio, fronteiras europeias, 'panelaço' contra Bolsonaro
Caso não esteja visualizando corretamente esta mensagem, acesse aqui.
RIO, 18 DE MARÇO de 2020
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
Olá, bom dia.

Confira as principais notícias do dia.

Boa leitura!
 
O coronavírus (Covid-19) fez a primeira vítima fatal no Brasil, um porteiro aposentado de 62 anos que estava internado em São Paulo. Ele tinha histórico de hipertensão e diabetes — quadro que aumenta o risco de complicações do novo vírus em até três vezes. Autoridades de saúde investigam outros quatro óbitos na mesma rede hospitalar. Familiares do homem que morreu afirmaram que ainda não foram submetidos a testes para o novo vírus.

Em paralelo: o governo do Rio investiga dois óbitos, de pacientes que estavam internados em Niterói e Miguel Pereira.

Panorama no país: subiu de 234 para 291 o número de contágios confirmados pelo Ministério da Saúde. A quantidade de casos suspeitos saltou para 8.819 após mudança na metodologia.

Relato de paciente: “Fiz piada, mas não é uma gripe comum. Achei que ia morrer”, afirmou um carioca de 55 anos, ao descrever a evolução da doença, que o levou à UTI no Rio.
 
Horas depois de registrada a primeira morte, o governo decidiu pedir ao Congresso a decretação do estado de calamidade pública no país. A medida permitirá aumentar os gastos com saúde e reduzir os efeitos econômicos da pandemia. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), estimou que 15% da população vai precisar de internação hospitalar e o país passará por três meses “de muito estresse”.

Em paralelo: os ministérios da Justiça e da Saúde autorizaram o uso da força policial para obrigar suspeitos de contaminação por coronavírus a ficarem em isolamento ou quarentena. O governo decidiu restringir o tráfego na fronteira com a Venezuela.

Contexto: as medidas foram adotadas horas depois de o presidente Jair Bolsonaro criticar governadores por adotarem medidas restritivas contra a epidemia. Bolsonaro afirmou que as restrições vão prejudicar a economia e voltou a chamar a reação de autoridades de “histeria”. Hoje, Bolsonaro se reunirá com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
 
O governo do Rio restringiu a circulação de ônibus no estado, isolou a Região Metropolitana e obrigou a redução na quantidade de passageiros no transporte público. Ônibus que partiram de outros estados com registro de transmissão sustentada do coronavírus (em que não se identifica a origem do contágio) estão proibidos de circular pelo Rio por 15 dias — critério que inclui São Paulo. Coletivos e vans não poderão realizar viagens entre cidades da Região Metropolitana e municípios do interior. Também foram suspensos eventos e atividades coletivas e recomendada a adoção de restrições em bares, restaurantes e academias.

Em paralelo: o Detran anunciou fechamento de todas as 495 unidades de atendimento no estado. Motoristas do Rio poderão circular com CNHs vencidas há 60 dias.
 
A União Europeia fechou suas fronteiras externas por 30 dias para cidadãos de países que não pertencem ao bloco. A medida uniformiza a resposta da UE à pandemia, uma vez que nações europeias já vinham adotando barreiras na circulação de turistas e visitantes. A fronteira da Irlanda com o Reino Unido, no entanto, permanecerá aberta. Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia pedido que a Europa adotasse “as medidas mais ousadas possíveis”. O continente é o atual epicentro do vírus, que já matou 7.063 pessoas pelo mundo e infectou 180 mil em 145 países.

Em foco: o governo do Reino Unido decidiu adotar medidas mais duras contra a pandemia depois que um estudou previu meio milhão de mortos no país.  Serão injetados 20 bilhões de libras em pequenas e médias empresas, e 330 bilhões de libras em empréstimos, muitos deles a juros zero. A Casa Branca também recebeu uma projeção de 2,2 milhão de mortes nos Estados Unidos — o governo americano cogita pagar até US$ 1 mil para população ficar em casa.
Há dois tipos de governantes; um deles aprende. Trump mudou em relação ao coronavírus; Bolsonaro segue perdido
Viu isso?
Protestos: Bolsonaro foi alvo de “panelaço” em São Paulo, Rio e Brasília durante reportagem do “Jornal Nacional” sobre a crise do coronavírus.
Congresso virtual: a Câmara e o Senado decidiram adotar sistemas de votação remota. Plataforma poderá ser usada em celulares.
Efeitos da pandemia: o IBGE adiou a realização do Censo Demográfico para 2021. Pesquisa prevê visita a 71 milhões de domicílios.
Calendário do futebol: a Eurocopa e a Copa América deste ano foram adiadas para 2021, o que inviabilizou o Mundial de Clubes de 2021, que teria o Flamengo.
Outro perigo: em três meses, o município do Rio registrou 127 casos de sarampo, número superior ao de todo o ano passado.
Barrada na Justiça: desembargador de SP suspendeu a implementação da reforma da Previdência sancionada pelo governador João Doria.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara
Executiva de Recursos Humanos explica como tornar esse período de restrições mais produtivo. Infectologista conta os cuidados adicionais para quem precisa sair de casa para trabalhar
Mobilização para ajudar a enfrentar o isolamento reúne mais de 20 artistas, como Martinho da Vila e Adriana Calcanhotto, em apresentações caseiras
Poeta mineira será a Personalidade Literária do Ano na premiação prevista para setembro, que terá categoria dedicada ao romance de entretenimento
Estas são as principais notícias desta manhã.  Aproveite e receba as outras newsletters do GLOBO. Inscreva-se aqui.

Obrigado pela leitura!
(21) 4002-5300 - Capitais e grandes cidades | 0800 021 8433 - Demais localidades
 
2ª a 6ª feira, das 6h30 às 17h
Sábados, domingos e feriados, das 7h às 12h
Ainda não é assinante do Globo? Ligue 4002-5300 ou acesse ›
Esse email foi enviado para sjcorpchen.mail005@blogger.com
Caso não queira mais receber esta newsletter diária acesse esse link.