O ESSENCIAL: País soma esforços para ampliar atendimento, mas faltam insumos

E mais: liderança no governo, resgate de brasileiros, lições do autor de 'Sapiens'
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RIO, 24 DE MARÇO de 2020
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Hospitais públicos e privados do país já dão sinais de que não suportarão o número de atendimentos pelo novo coronavírus e adotam estratégias para economizar insumos e aumentar a capacidade de leitos . No estado de São Paulo, estão previstos 2.900 novos leitos para a rede pública, e a rede particular se reorganiza para ampliar a oferta. No Rio, instituições privadas se reuniram para reabrir e doar ao SUS 110 leitos em unidade desativada. Haverá também um hospital de campanha no Riocentro com 500 leitos. Enquanto isso, profissionais da saúde temem pela falta de equipamentos de proteção. Cinquenta enfermeiros foram postos em quarentena no estado nos últimos sete dias.

Em foco: os 10 milhões de testes rápidos que o governo pretende comprar de empresa chinesa são destinados a pesquisas epidemiológicas, mas tem pouca serventia na linha de frente do atendimento da Covid-19. Os exames detectam que tem anticorpos — ou seja, já foi infectado pelo vírus — e não quem tem o coronavírus no momento do teste. O resultado da testagem sai em 15 minutos. Porém, é vulnerável a resultados falso-negativo.
 
As Forças Armadas ganham protagonismo na crise enfrentada pelo governo federal e avaliam que a fase de prevenção já ficou para trás e deu lugar ao “combate ao contágio”. O presidente Jair Bolsonaro deu ao ministro Braga Netto (Casa Civil), general do Exército, a missão de coordenar ações junto aos estados. Ele é o responsável pelo Gabinete de Crise. Até sábado, apenas o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) liderava as ações do governo.

O que está acontecendo: o Gabinete de Crise fará a coordenação nacional das ações contra a epidemia. Ontem, Bolsonaro conversou com governadores dos estados do Norte e Nordeste; hoje, se reunirá, por vídeo, com os do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, incluindo João Doria (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio), a quem direcionou críticas. Depois de declarar que governadores engavam a população, Bolsonaro anunciou pacote de R$ 88 bilhões para reforçar o caixa dos estados e municípios e disse que há “cooperação” e “entendimento” com os governos locais.

Aconteceu ontem: o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), que é capitão do Exército, fechou acordo com governadores para garantir a livre circulação de mercadorias entre os estados. Ele alertou para risco de paralisia do país se o transporte rodoviário for interrompido.
O novo vírus zerou o mundo, expondo o espetacular fracasso na saúde, no saneamento e na distribuição da renda. Líderes em Brasília e nos estados deveriam ouvir os confinados, sair da letargia e reconstruir tudo, rápido
Viu isso?
Projeções pessimistas: o FMI prevê que a pandemia vai provocar recessão global igual ou pior que a crise financeira de 2008. Oitenta países já procuraram ajuda do organismo.
Reação no G-20: liderados por China e França, e sem Trump, o grupo das 20 maiores economias vai desenvolver um “plano de ação”.
Operação resgate: dois aviões da FAB decolam hoje para buscar brasileiros retidos no Peru. O Itamaraty pediu R$ 12 milhões ao Ministério da Economia para resgatar cerca de 6 mil brasileiros no exterior.
Afastado do front: o infectologista David Uip, coordenador das ações contra a epidema em São Paulo, testou positivo para o coronavírus.
Colaborador: Eike Batista assinou acordo de delação premiada com a PGR, que prevê multa de R$ 800 milhões e um ano na prisão.
Caso ‘rachadinha’: desembargadora do Rio revogou a liminar que suspendia investigações sobre o antigo gabinete de Flávio Bolsonaro.
Patrícia Rocco, pesquisadora da UFRJ
Presidente da Sociedade Brasileira de Inflamação explica o que se pode esperar de drogas no curto prazo e quais são as pesquisas mais avançadas no momento
Israelense Yuval Noah Harari diz que epidemias são menos letais no século XXI e explica quais são as melhores defesas da sociedade contra o vírus
Grupo de risco para o vírus, avôs e avós usam a tecnologia para enfrentar o confinamento e se aproximar da família. Psicólogo orienta conversas
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