Hospitais públicos e privados do país já dão sinais de que não suportarão o número de atendimentos pelo novo coronavírus e adotam estratégias para economizar insumos e aumentar a capacidade de leitos . No estado de São Paulo, estão previstos 2.900 novos leitos para a rede pública, e a rede particular se reorganiza para ampliar a oferta. No Rio, instituições privadas se reuniram para reabrir e doar ao SUS 110 leitos em unidade desativada. Haverá também um hospital de campanha no Riocentro com 500 leitos. Enquanto isso, profissionais da saúde temem pela falta de equipamentos de proteção. Cinquenta enfermeiros foram postos em quarentena no estado nos últimos sete dias.
Em foco: os 10 milhões de testes rápidos que o governo pretende comprar de empresa chinesa são destinados a pesquisas epidemiológicas, mas tem pouca serventia na linha de frente do atendimento da Covid-19. Os exames detectam que tem anticorpos — ou seja, já foi infectado pelo vírus — e não quem tem o coronavírus no momento do teste. O resultado da testagem sai em 15 minutos. Porém, é vulnerável a resultados falso-negativo.
As Forças Armadas ganham protagonismo na crise enfrentada pelo governo federal e avaliam que a fase de prevenção já ficou para trás e deu lugar ao “combate ao contágio”. O presidente Jair Bolsonaro deu ao ministro Braga Netto (Casa Civil), general do Exército, a missão de coordenar ações junto aos estados. Ele é o responsável pelo Gabinete de Crise. Até sábado, apenas o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) liderava as ações do governo.
Aconteceu ontem: o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), que é capitão do Exército, fechou acordo com governadores para garantir a livre circulação de mercadorias entre os estados. Ele alertou para risco de paralisia do país se o transporte rodoviário for interrompido.
O novo vírus zerou o mundo, expondo o espetacular fracasso na saúde, no saneamento e na distribuição da renda. Líderes em Brasília e nos estados deveriam ouvir os confinados, sair da letargia e reconstruir tudo, rápido
Operação resgate: dois aviões da FAB decolam hoje para buscar brasileiros retidos no Peru. O Itamaraty pediu R$ 12 milhões ao Ministério da Economia para resgatar cerca de 6 mil brasileiros no exterior.
Presidente da Sociedade Brasileira de Inflamação explica o que se pode esperar de drogas no curto prazo e quais são as pesquisas mais avançadas no momento