EM QUARENTENA: País chega à 4ª morte, e ministros e presidente do Senado contraem coronavírus

E mais: ajuda a trabalhadores, entrevista de Bolsonaro, novo panelaço, lei de guerra nos EUA
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18 de MARÇO de 2020
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Olá, boa noite.

O GLOBO enviará aos leitores, a partir de hoje, uma newsletter que reúne as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus e dicas sobre prevenção ao contágio e a vida em tempos de isolamento social.

Boa leitura!
O governo vai repassar vouchers R$ 200 mensais a trabalhadores informais e desempregados de baixa renda como forma de conter efeitos econômicos da pandemia de coronavírus. A ação está prevista para durar três meses, deve atingir até 20 milhões de pessoas e custar R$ 15 bilhões. A medida é uma forma de proteger trabalhadores sem carteira assinada, que não haviam sido contemplados no primeiro pacote econômico, afirmou o ministro Paulo Guedes (Economia).

O Ministério da Economia também editará uma medida provisória para ajudar empresas a reduzirem custos com empregados: será permitida a redução proporcional de salários e jornada de trabalho. E haverá um pacote de socorro às empresas áreas , que terão mais prazo para pagar taxas e poderão adiar o pagamento de reembolso a passageiros.

Em paralelo: o Banco Central reduziu a taxa básica de juros de 4,25% para 3,75%, menor patamar da história, e sinalizou que a manterá no novo nível. O corte está alinhado a decisão de bancos centrais ao redor do mundo. O BC alertou para a “desaceleração significativa” do crescimento global.

No início da noite, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de decreto legislativo que reconhece a “ocorrência de calamidade pública” no país até 31 de dezembro. A medida libera o governo de cumprir meta fiscal, o que facilitará a obtenção de recursos para enfrentar a pandemia. O texto ainda será votado pelo Senado.
A contaminação por coronavírus atingiu o primeiro escalão do governo e o comando do Congresso. Os ministros Augusto Heleno (GSI) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre , testaram positivo para o vírus. O contágio no entorno do presidente Jair Bolsonaro já chega a 17 casos, entre integrantes da comitiva que viajou aos Estados Unidos.

Bastidores: Augusto Heleno esteve três vezes com Bolsonaro depois de fazer o exame que confirmou a contaminação. Ele também se reuniu com dois ministros e com outras 14 pessoas, segundo agenda oficial.

O que foi dito: Bolsonaro reconheceu, pela primeira vez, a gravidade da pandemia durante entrevista coletiva junto de ministros, na qual todos usavam máscaras, e afirmou que não há motivo para histeria. O presidente negou ter incentivado protestos contra o Congresso no domingo, apesar de ter chamado a população a participar dos atos quando estava em Boa Vista e ter cumprimentado manifestantes em Brasília. O Palácio do Planalto declarou que não houve risco de Bolsonaro passar coronavírus para as pessoas durante a manifestação.

Reação: novos “panelaços” contra Bolsonaro foram registrados no Rio durante entrevista do presidente.
O avanço do coronavírus no país foi marcado por três novas mortes em São Paulo e a confirmação de transmissão comunitária do vírus em Minas Gerais e Pernambuco, que se juntaram a Rio e SP na lista de estados com casos em que não se identifica a origem do contágio. Segundo o Ministério da Saúde, o país contabiliza 428 casos confirmados de infecção em 17 estados e investiga 11.278 suspeitas.

Reações locais: a prefeitura do Rio declarou situação de emergência, que permite a requisição de imóveis particulares para atender aos doentes, e anunciou que montará um hospital de campanha com 500 leitos no Riocentro.  A prefeitura de São Paulo ordenou o fechamento do comércio na cidade até 5 de abril. O Distrito Federal proibiu o funcionamento de boates, shoppings, feiras, clubes e parques. A Bahia pediu a suspensão de voos com origem no exterior ou estados com transmissão do vírus.
Autoridades de todo mundo elevaram o tom de alarme para descrever a pandemia, que hoje ultrapassou o patamar de 200 mil contaminações e já contabiliza 8 mil mortes. Segundo a agência France-Presse, a Europa já tem mais óbitos do que a Ásia, onde o vírus se disseminou.

Depois do francês Emmanuel Macron, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou o vírus à guerra, ao invocar uma lei da Guerra da Coreia (1950) para dar poderes extras ao governo na crise. O governo alemão disse que o vírus é o maior desafio do país desde a reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. O Chile decretou “estado de catástrofe” e enviará militares às ruas. O Peru adotará toque de recolher. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, chamou o coronavírus de “inimigo da humanidade”.

Medidas tomadas: os EUA, que registram infecções sem 50 estados, anunciaram fechamento parcial da fronteira com o Canadá. Israel bloqueou suas fronteiras para estrangeiros. O Reino Unido suspendeu atividades de todas as escolas do país. A Rússia fechou pontos turísticos.
NO BRASIL
11.278
SUSPEITOS
428
CONFIRMADOS
4
MORTOS
NO MUNDO
200.000
CONFIRMADOS
8.000
MORTOS
8 notícias importantes do dia
Tensão no mercado: a Bolsa de São Paulo caiu 10,3%, mesmo após a adoção de mecanismo que interrompeu as negociações. O dólar atingiu novo recorde, cotado a R$ 5,19.
Presídios: por sete votos a dois, o STF negou pedido para libertar presos que estão no grupo de risco do coronavírus. Antes da votação, o ex-diretor da Dersa Paulo Preto foi solto por se enquadrar nesse critério.
Alerta oficial: o Ministério da Saúde desaconselhou o uso de ibuprofeno e outros anti-inflamatórios por pessoas com suspeita do vírus.
Reforço na produção: farmácias de manipulação foram autorizadas pela Anvisa a produzir e vender álcool em gel.
Busca científica: os EUA iniciaram teste experimental em humanos de vacina contra o novo coronavírus.
Contraprova: após “positivo fraco”, o novo exame do treinador do Flamengo Jorge Jesus atestou resultado negativo.
Cura centenária: uma iraniana de 103 anos sobreviveu ao coronavírus e recebeu alta após médicos constatarem recuperação. 
Óbito: o presidente do Conselho do Santander em Portugal, António José Vieira Monteiro, morreu após contrair o coronavírus.
Documento reúne informações sobre as formas de contágio e os cuidados necessários e pode ser compartilhado. Clique aqui para recebê-lo no WhatsApp
Astróloga interpreta os astros na pandemia, indica os signos que encaram melhor a solidão e aconselha: ‘é hora de repensar a vida espiritualmente’
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