O ESSENCIAL: Bolsonaro ignora partidos e obtém apoio no ‘baixo clero’
E mais: Adnet imita sete presidenciáveis, resgate frustrado pela PF, livros rasgados e as dicas da Kogut
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RIO, 5 DE OUTUBRO DE 2018
O dia em resumo
Alvo da reta final da campanha, Bolsonaro segue trilha de Cunha ao esnobar partidos e negociar com ‘baixo clero’
Olá, boa noite.
A liderança de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência foi alcançada por um roteiro semelhante ao traçado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB). Sem estrutura partidária e com pouco tempo no horário eleitoral no rádio e na TV, o candidato do PSL e seus aliados esnobaram as cúpulas partidárias. Em vez dos líderes, apostaram nas bancadas BBB — boi, bala e Bíblia.
A reta final da corrida eleitoral levou os presidenciáveis a ajustarem estratégias tendo Bolsonaro como referência. No penúltimo dia de campanha, Ciro Gomes (PDT) reafirmou sua intenção de ser o anti-Bolsonaro, posto que pretende disputar na urna com o PT. Fernando Haddad, o candidato petista, fez novas críticas e escolheu, para o ato derradeiro, um reduto de aliado bolsonarista na Bahia.
Geraldo Alckmin (PSDB) foi recebido em agenda no Rio com gritos para Bolsonaro, enquanto seus aliados listam erros cometidos durante a campanha. E Marina Silva voltou a criticar o capitão da reserva e também mirou Haddad.
No sábado, a campanha se encerrará com duas pesquisas de intenção de voto, do Ibope e do Datafolha. Os comícios devem terminar até 2h da madrugada. E há regras para eleitores e candidatos no dia da votação: confira um guia sobre a hora de votar.
José Sarney, ex-presidente, diz que a Constituição de 1988 não assegurou normalidade institucional ao Brasil e lamenta que lideranças e partidos não coloquem o país acima das disputas políticas