O último debate entre Eduardo Paes (DEM) e Wilson Witzel (PSC), na TV Globo, manteve o clima quente e a alta frequência de ataques que marcaram a campanha pelo governo do Rio no segundo turno. A menos de 72 horas da votação, os candidatos tentaram explorar relações incômodas do adversário. Paes foi chamado de “candidato de Cabral” e rebateu apelidando Witzel de “candidato do Crivella” — o que levou o ex-juiz a criticar a administração do prefeito do Rio.
O apoio do clã Bolsonaro voltou à pauta, assim como a avaliação sobre a intervenção federal na Segurança. Ao tratarem de propostas, Paes e Witzel raramente concordaram sobre o que fazer. Confira detalhes dos principais momentos.
Estimulado pelo resultado da pesquisa Datafolha, divulgada horas antes, Paes dobrou a aposta em atacar Witzel, avalia Paulo Celso Pereira, diretor da Sucursal de Brasília. Ainda assim, ambos conseguiram mostrar ao eleitor o cerne de seus discursos.
Nos bastidores, aliados dos candidatos chegaram a confraternizar antes do debate. Depois, no entanto, trocaram vaias e gritos. O repórter Marco Grillo narra os comentários entre assessores durante o evento e as análises feitas ao final do embate.
Fim da cordialidade em SP Em São Paulo, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) retomaram os ataques pessoais entre si, que ambos haviam evitado no encontro anterior. O tucano acusou o rival de promover material mentiroso para prejudicá-lo, sem citar suposto vídeo íntimo que o envolveria. Já o atual governador tentou relacionar Doria ao PT — o candidato tucano adota forte discurso antipetista na campanha.