Apesar de ter eleito a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, o PSL não deve disputar o comando da Casa. É o que defende o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Durante a primeira rodada de entrevistas após a vitória de domingo, Bolsonaro pregou “humildade” aos correligionários. Após o primeiro turno, alguns de seus aliados se lançaram na disputa pelo posto.
Bolsonaro não se comprometeu com a reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem articulando alianças para permanecer na função. Em entrevista ao GLOBO, Maia acena para Bolsonaro, ao dizer que apoiará agenda econômica do futuro presidente, se ele se mantiver fiel às ideias liberais do economista Paulo Guedes, que assumirá o Ministério da Fazenda.
Espaço na Esplanada A informação de que Bolsonaro pretende convidar o juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal ecoou em Curitiba. O magistrado, que conduz os processos da Lava-Jato na primeira instância da Justiça federal, não descarta aceitar o convite. A repórter Cleide Carvalho conta o que Moro argumenta com seus interlocutores sobre o assunto.
Ameaça à imprensa Embora tenha pregado defesa da liberdade de imprensa, Bolsonaro acusou o jornal “Folha de S.Paulo” de propagar notícias falsas e afirmou que cortará verbas de propaganda oficial de veículos de comunicação que, segundo ele, “mentirem descaradamente”. Em nota, a “Folha de S.Paulo” disse que ele “não entendeu o papel” do jornalismo.
Em artigo, cientista político da FGV/Ebape analisa se discurso ‘pré-moderno’ do presidente eleito está imune aos mecanismos de controle da Constituição