Recentes episódios de violência provocados por discussão ou discordância política geraram uma onda de reação de entidades de defesa dos direitos humanos e do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). As agressões foram condenadas por organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch, que pediram paz.
Já Bolsonaro elevou o tom contra os ataques na noite de quarta-feira, ao dizer que “dispensa o voto” de quem pratica violência contra eleitores de outros candidatos. A maioria dos casos deste tipo de ataque tem sido atribuída a bolsonaristas.
O colunista Ascânio Seleme atribui o clima de truculência ao discurso de Bolsonaro, que “empodera pelo seu grito de guerra”. E há o problema de que boa parte dos eleitores ignora a violência que embala a candidatura do PSL, lembra a colunista Cora Rónai.
Estratégias e desafios
A campanha de Bolsonaro concentra-se em evitar polêmicas para manter o apoio que conquistou no primeiro turno. Após o resultado da pesquisa Datafolha, a orientação deve ser manter silêncio e esperar o tempo passar, diz o colunista Bernardo Mello Franco. Por sua vez, Haddad enfrenta tarefa hercúlea: busca virada inédita desde a redemocratização. Paulo Celso Pereira, diretor da Sucursal de Brasília, avalia a única chance petista.