EM QUARENTENA: Brasil registra recorde de novos casos em 24 horas

E mais: ajuda aos estados, críticas de Bolsonaro, êxito do Vietnã
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30 de abril de 2020
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O Brasil já tem mais casos do novo coronavírus confirmados do que a China, onde a pandemia teve origem, e é a décima nação com o maior número de contágios no mundo — o país já havia ultrapassado os chineses em número de mortes. O Ministério da Saúde confirmou 7.218 casos nas últimas 24 horas, a maior quantidade diária já registrada. Ao todo, o Brasil contabiliza 85.380 infectados e 5.901 óbitos.

O que isso significa: o Brasil tem a maior taxa de contágio do coronavírus no mundo aponta levantamento do Imperial College de Londres. O índice, de 2,8, mostra que cada infectado no país transmite o vírus para quase três outras pessoas. O estudo estima que o país poderá registrar 5.680 mortes na próxima semana.

O que está acontecendo: São Paulo, que tem 28.698 infectados, vai transferir pacientes com coronavírus da capital para cidades do interior. O Rio de Janeiro, com 9.453 casos, iniciará pesquisa sobre imunidade da população.

O governo do Rio estima que o número real de contaminados seja de 140 mil pessoas e estendeu a quarentena até 11 de maio; a capital ampliou as medidas até o dia 15. O governador Wilson Witzel descartou a possibilidade de adotar o “lockdown”, como é chamado o confinamento total obrigatório.

Em detalhes: o Ministério da Saúde estima que 11.732 idosos que vivem em asilos do país poderão ser contaminados pelo coronavírus.

Reação: A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC) enviou carta ao ministro Nelson Teich (Saúde), cobrando um plano de ação. “Se nada for feito nos próximos dias, os pronunciamentos do Ministério da Saúde se resumirão a informar o número de mortos”, afirmaram os cientistas.
O projeto de ajuda a estados e municípios, elaborado pelo governo e pelo Senado, prevê repasse de R$ 60 bilhões e aval da União para dívidas com bancos privados. Como contrapartida, quer o congelamento dos salários de servidores públicos até dezembro de 2021.

O texto foi apresentado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, em decisão incomum, assumiu a relatoria do projeto, aumentando a chance de o texto ser aprovado. Do valor total, R$ 10 bilhões serão exclusivos para ações na saúde; o restante será dividido pela metade entre governadores e prefeitos.

Entenda: a divisão do valor garantirá repasse de R$ 5,5 bilhões para São Paulo, R$ 2,49 bilhões para Minas Gerais, e R$ 1,6 bilhão para o Rio. O governo afirma que as medidas listadas totalizam R$ 120 bilhões, por considerar no cálculo a suspensão do pagamento da dívida com a União.

Por que isso importa: estados são considerados mais vulneráveis aos impactos da pandemia, porque contam basicamente com a arrecadação de impostos, que está em queda, e não podem recorrer ao mercado financeiro para conseguir recursos extras. Segundo o Banco Central, estados do Sul e do Sudeste devem sofrer mais efeitos da crise , em comparação aos de outras regiões.

Panorama: o desemprego atingiu 12,9 milhões de brasileiros no primeiro trimestre de 2020, antes do agravamento da pandemia. O período é marcado pelas demissões de postos criados no fim do ano. Todos os setores da economia registraram demissões . Especialistas avaliam que a deterioração do mercado de trabalho vai se agravar nos próximos meses.
O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por ter barrado a posse de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, e disse ter faltado pouco para uma crise institucional no país. “Eu não engoli essa decisão”, declarou Bolsonaro, ao chamar a liminar de Moraes de “canetada”. Também disse, pela manhã, que não será “ um presidente pato manco, refém de decisões monocráticas”.

Reação: os ministros do STF defenderam o colega de Corte. Gilmar Mendes disse que não é aceitável uma “censura personalista aos membros do Judiciário”. Luís Roberto Barroso afirmou que a atuação de Moraes é marcada por “conhecimento técnico e independência”. Edson Fachin e Dias Toffoli também se manifestaram. Associações da magistratura criticaram as declarações de Bolsonaro.

Em paralelo: em meio às críticas, o plenário do Supremo Tribunal Federal manteve, por unanimidade, a decisão de Moraes de que o governo deve responder pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação mesmo durante a pandemia.

Em outro caso, Gilmar Mendes negou pedido do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para suspender a CPI das Fake News.

Bastidores: a Polícia Federal apresentará relatório com o resultado da investigação sobre o atentado a faca sofrido por Bolsonaro, um dos temas centrais das cobranças feitas pelo presidente à PF. O documento mostrará que não foi provada a existência de um mandante e que o agressor Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho.
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NO BRASIL
85.380
CONFIRMADOS
5.901
MORTOS
NO MUNDO
3.271.892
CONFIRMADOS
232.807
MORTOS
Restrições a velórios e sepultamentos alteram rituais importantes ao processo de compreensão da morte
7 notícias importantes do dia
Curada: uma paciente de 101 anos recebeu alta no Rio após oito dias internada com a Covid-19.
Imprimir dinheiro: Paulo Guedes disse, pela primeira vez, que o Banco Central pode emitir moeda como medida contra a crise.
Mercado: brasileiros estão mudando seu perfil de consumo durante a pandemia. Compras de roupas e calçados caíram 88%.
Proteção à pesquisa: a Capes vai estender por até três meses o período de concessão de bolsas de mestrado e doutorado no país.
Tombos históricos: a economia da França encolheu 5,8% no primeiro trimestre. Na Espanha, o recuo foi de 5,2%, e na Itália, de 4,7%.
Estágios da retomada: em meio à reabertura gradual, a Alemanha decidiu estender medidas de distanciamento social até 10 de maio.
Êxito: o Vietnã anunciou ter controlado a propagação do coronavírus. País apostou em testagem em massa e registrou 270 casos, sem mortes.
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Uso da rede social cresce 40% durante a pandemia. Veja estratégias de empreendedoras para impulsionar negócios
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O ESSENCIAL: STF impede nomeação para a PF, e Bolsonaro promete recorrer

E mais: estimativa de casos de Covid-19, congelamento de salários, surto de sarampo
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RIO, 30 DE ABRIL de 2020
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai lutar pela nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal, impedida por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após a própria Advocacia-Geral da União, que representa a Presidência, descartar recurso, Bolsonaro afirmou ter ordenado uma contestação ao Judiciário: “Quem manda sou eu”.

O que aconteceu: Moraes atendeu a um pedido feito pelo PDT, que argumentou que a nomeação de Ramagem corroborava as acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre a tentativa do presidente de interferir na atuação da PF. Na decisão, o ministro apontou “desvio de finalidade” na nomeação.

Bastidores: a decisão de Moraes dividiu o STF. Parte dos integrantes do tribunal avalia que o ministro levou para a Corte um problema que não era dela, inclusive abrindo brecha para que o STF voltasse a ser alvo de ataques.

Em paralelo: horas depois, o presidente do STF, Dias Toffoli, e o ministro Gilmar Mendes, compareceram à posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Na cerimônia, Bolsonaro frisou que a Constituição prevê a independência dos Poderes.

Contexto: não foi a primeira vez que o Supremo impôs limites a Bolsonaro. Ao menos cinco decisões contrariaram o presidente desde o ano passado. Os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer também tiveram nomeações barradas pelo STF.
 
Na última terça-feira, enquanto o governo confirmava 73.553 casos do novo coronavírus no país, o alcance da pandemia seria 16 vezes maior, atingindo 1.201.686 brasileiros, segundo projeção do portal Covid-19 Brasil. O grupo reúne cientistas e universitários, cujas estimativas têm se confirmado.

A projeção considera as subnotificações — os dados oficiais dizem respeito somente aos doentes graves e mortes entre pessoas que sofreram internação — e coloca o Brasil em patamar de infecções semelhante ao dos Estados Unidos, país mais atingido pelo vírus até agora.

O que está acontecendo: o Brasil atingiu ontem 78.612 infectados e 5.466 mortes. Especialistas reafirmam a necessidade do isolamento social para conter os contágios. “Não estamos nem perto de um pico de casos de doença e morte”, afirma Domingos Alves, da USP.

Panorama: a situação do Rio se agravou com o aumento do desrespeito ao isolamento social, e o estado terá, entre meados de maio e o início de junho, mais pacientes precisando de internação do que vagas em hospitais. Não haverá respiradores para todos. As previsões foram feitas pelo secretário estadual de Saúde do Rio, Edmar Santos, que defendeu a radicalização das restrições.

Apesar do caos, a cidade do Rio tem 1.840 leitos impedidos de receber pacientes por falta de profissionais de saúde, escassez de insumos ou até por terem camas e respiradores quebrados.

A cidade de São Paulo também considera ampliar as restrições, afirma o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, em entrevista. O município registrou aumento de 200% nas mortes em cerca de dez dias e atingiu 75% de ocupação da rede hospitalar.
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Pacote a caminho: próximo a acordo, governo e Senado devem deixar profissionais da saúde de fora do congelamento de salários de servidores.
Fronteiras terrestres: a proibição à entrada de estrangeiros no Brasil por rodovias foi prorrogada por mais 30 dias.
Contas públicas: o governo federal estima rombo histórico de R$ 600 bilhões este ano, com gastos para conter efeitos da crise do coronavírus.
Ligação com o AVC: neurologistas observam aumento de casos de derrame entre pacientes jovens de Covid-19 e alertam para mudança em protocolo nos hospitais.
Outro surto: o Brasil já registrou 2.369 casos de sarampo este ano, e 19 estados têm circulação ativa do vírus.
Voltou a subir: o número de homicídios no país aumentou 8% nos dois primeiros meses do ano, quando foram registradas 7.743 mortes violentas.
Críticas à China: o STF autorizou investigação por suspeita de crime de racismo do ministro Abraham Weintraub, que será interrogado pela PF.
Queda do PIB: a economia dos Estados Unidos encolheu 4,8% no primeiro trimestre deste ano, o pior resultado desde 2008.
Medicamento: os EUA devem autorizar o uso do remdesivir contra a Covid-19, após estudo mostrar que droga reduz tempo de recuperação de pacientes.
Salas fechadas: a Academia de Hollywood vai permitir, por conta da pandemia, que filmes lançados em streaming concorram ao Oscar 2021.
Presidentes da Academia Nacional de Medicina e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde discutem as responsabilidades do presidente
Série abriu portas para outros best-sellers no mercado nacional. Fãs da saga podem visitar mostra virtual e ter aulas dignas de Hogwarts
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