O presidente Jair Bolsonaro começa hoje a receber cotados para assumir o Ministério da Saúde, pasta que lidera o combate ao coronavírus. Ele avalia três indicações para o cargo. Auxiliares têm aconselhado Bolsonaro a ouvir alguns médicos antes de escolher quem comandará a área. Ontem, o ministro Luiz Henrique Mandetta reconheceu, em tom de despedida, que o presidente quer outra “posição” na Saúde que ele, baseado na ciência, não pode oferecer.
Quem são os indicados: o oncologista Nelson Teich será o primeiro a conversar com Bolsonaro; ele desembarca em Brasília hoje. Amanhã, deverá ser a vez do presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg, que já disse que vai considerar convite “se for convocação de natureza técnica” . A diretora de ciência e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar, é outro nome tido como forte.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por unanimidade, que governadores e prefeitos têm poderes para decretar medidas restritivas no combate ao coronavírus em seus territórios , como o isolamento, a quarentena, o fechamento do comércio e a restrição de locomoção por portos e rodovias. O governo federal pode coordenar medidas de abrangência nacional, mas não tem poder para retirar a autonomia de gestores de estados e municípios. A ação, apresentada pelo PDT, questionava medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Outro olhar: a sessão, a primeira do plenário do STF a ser organizada por videoconferência e transmitida pela internet, revelou parte dos cenários domésticos dos ministros da Corte. Sete estavam em casa. A maioria estava vestida com formalidade. A exceção foi o ministro Marco Aurélio Mello.
Os heróis que estão na linha de frente da guerra contra o vírus, nos hospitais, arriscando sua vida pela vida dos outros, merecem, mais do que ninguém, outro governo
Secretário de Saúde da capital paulista, Edson Aparecido, relata o que tem sido feito para enfrentar o novo coronavírus na região mais populosa do país