EM QUARENTENA: Bolsonaro decide demitir o ministro da Saúde

E mais: flexibilização do isolamento, epidemia nos EUA, Boris Johnson na UTI
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6 de abril de 2020
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Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
Decidido a demitir o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde), o presidente Jair Bolsonaro convocou reunião ministerial durante a tarde e cogita nomear para o cargo o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), com quem almoçou mais cedo . Mandetta admitiu enfrentar dificuldades no cenário político por defender o isolamento social no combate ao coronavírus, o que não tem apoio de Bolsonaro. “Não sei até quando ficarei ministro da Saúde”, afirmou Mandetta em reunião com integrantes do Ministério Público.

O que está acontecendo: auxiliares do presidente avaliam como inviável a permanência de Mandetta no governo após receber uma série de críticas de Bolsonaro. No domingo, o presidente disse que usaria “caneta” contra “algumas pessoas” de seu governo que “de repente viraram estrelas”.

Repercussão: panelaços foram registrados em capitais do país contra a possibilidade de demissão do ministro. Em Brasília, servidores do Ministério da Saúde fizeram gesto de apoio a Mandetta.

Bastidores: Osmar Terra, que ocupou o Ministério da Cidadania no atual governo, endossa a posição de Bolsonaro pela flexibilização do isolamento. No entanto, a ala militar defende que a pasta seja assumida pela imunologista Nise Yamaguchi, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Na entrevista coletiva em que informou contabilizar 12.506 casos do novo coronavírus e 553 mortes, o Ministério da Saúde sugeriu que estados e municípios reduzam as medidas de isolamento caso não tenham comprometido mais da metade da capacidade de seus sistemas de saúde. A pasta recomendou a migração para uma estratégia de distanciamento social seletivo, na qual apenas alguns grupos mais suscetíveis à Covid-19 ficam de fato isolados.

Em paralelo: governadores de ao menos 20 estados já anunciaram a prorrogação de restrições à circulação de pessoas e do isolamento social. São Paulo estendeu a quarentena para todos os municípios do estado até o dia 22 de abril. No Rio, as medidas valerão até 13 de abril, e podem ser renovadas. Ceará e Bahia manterão o comércio fechado até o dia 15. Alguns estados não definiram prazo para o fim das restrições.

Em detalhes: São Paulo continua a concentrar as contaminações entre os estados brasileiros, com 4.866 notificações. O Rio de Janeiro tem 1.461. O Ceará também superou a marca de mil casos: contabiliza 1.013. Veja o mapa da epidemia no país.
No dia em que os Estados Unidos ultrapassaram 10 mil mortes pelos novo coronavírus, a Casa Branca alertou os americanos sobre a possibilidade de o país enfrentar uma semana marcada pela “morte”. Os EUA somam 356 mil contaminações pela epidemia, o que representa um de cada quatro casos confirmados no mundo. Ao todo, 184 países contabilizam 1,3 milhão de notificações e 70 mil casos fatais.

O que foi dito: “Este será o nosso momento Pearl Harbor, o momento do 11 de Setembro, mas não será restrito a uma área”, afirmou Jerome Adams, o médico-chefe dos EUA, que atua como ministro da Saúde.

O que está acontecendo: Nova York é a região mais afetada pela pandemia. Nova Jersey, Connecticut e Detroit também enfrentam cenários graves. Parte do país resiste a adotar medidas restritivas: oito estados não iniciaram quarentena.

Relato do epicentro: o médico Ben McVane narrou o trabalho em hospital de um bairro de Nova York considerado “o epicentro do epicentro” do coronavírus no país. “Dói-me ver esta comunidade dizimada pela Covid-19”, afirmou.
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NO BRASIL
12.056
CONFIRMADOS
553
MORTOS
NO MUNDO
1.331.032
CONFIRMADOS
73.917
MORTOS
Sinais apresentados em gripes, resfriados e crises de asma ou rinite podem ser confundidos com os da doença
5 notícias importantes do dia
Vírus no poder: o primeiro-ministro Boris Johnson, do Reino Unido, foi levado para a UTI em hospital de Londres. Na Irlanda, o premier Leo Varadkar voltará a atuar como médico uma vez por semana.
Casos em destaque: dois médicos morreram no Rio em decorrência da Covid-19. São Paulo registrou o primeiro recém-nascido com a doença.
O que está valendo: o Rio editou regras para o funcionamento de parte do comércio do município. Supermercados só poderão abrir depois das 9h.
Estudo do Exército: documento de centro militar defende o isolamento social e testagens em massa como estratégias de combate ao coronavírus.
Acelerando negociações: empresas de todo o país já registram acordos com trabalhadores e sindicatos para evitar fechamento e desemprego.
Ilustrações explicam como confeccionar material de proteção em casa. Veja outros cuidados para serem adotados contra o coronavírus
Para ler com calma
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