EM QUARENTENA: Bolsonaro demite Mandetta e anuncia Nelson Teich

E mais: sinais de colapso na saúde, 30 mil mortes nos EUA, crianças em risco
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16 de abril de 2020
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Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro Luiz Henrique Mandetta e anunciou o oncologista Nelson Teich para comandar o Ministério da Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus. Uma reunião pela manhã selou a exoneração de Mandetta, que anunciou sua saída em rede social. Ele deixou o governo após sua gestão atingir 76% de aprovação. A demissão provocou protestos pelo país, com panelaços e gritos de “Fora, Bolsonaro”.

À tarde, o novo ministro participou de pronunciamento ao lado de Bolsonaro. Teich disse haver “alinhamento completo” entre ele e o presidente, prometeu não fazer nenhuma mudança radical à frente da pasta e defendeu que saúde e economia não sejam tratadas como questões opostas. Veja o que ele pensa sobre temas ligados ao coronavírus, como isolamento e testagem em massa.

O que foi dito: Bolsonaro disse que a divergência com Mandetta “cada vez mais se tornava realidade” e se queixou do tratamento dado pelo ex-ministro da Saúde à economia. “A questão do emprego não foi (entendida) da forma que eu achava que deveria ser tratada”, afirmou. Ao se despedir, Mandetta pediu aos funcionários do Ministério da Saúde que defendam “a vida, o SUS e a ciência”.

Bastidores: a escolha de Teich foi definida em reunião com Bolsonaro e oito ministros. Na conversa, o oncologista sugeriu a divulgação diária do número de pacientes curados da Covid-19 para “acabar com o pânico” e “dar esperança” aos infectados.

Quem é: Nelson Teich é formado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e doutor em Ciências da Saúde e Economia da Saúde pela Universidade de York, do Reino Unido. Ele é sócio de uma consultoria de serviços médicos. O novo ministro chegou ao governo com apoio do chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Fabio Wajngarten, e do empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa.
Com o avanço da Covid-19 no Brasil, que já infectou 30.425 pessoas e matou 1.294, os estados começam a dar sinais de colapso da rede de saúde. O Ceará, terceiro estado mais afetado pela pandemia, atingiu ocupação máxima dos leitos de UTI e tem 48 pacientes à espera de vagas. O governo cearense já projeta explosão do número de mortes a partir do dia 5 de maio.

Mais detalhes: São Paulo, que concentra os casos do país, tem ao menos seis hospitais públicos com 80% dos leitos de UTI ocupados. No Rio de Janeiro, o segundo estado mais afetado, a capital alcançou 88% de ocupação das unidades de terapia intensiva. Veja os dados de cada estado.

Outro olhar: apesar de estar fora do epicentro da crise, a região Nordeste preocupa especialistas em saúde pública por causa da alta taxa de letalidade do coronavírus. Quatro estados nordestinos têm índices acima da média nacional.
Os Estados Unidos tornaram-se o primeiro país a superar a marca de 30 mil mortos pela pandemia do novo coronavírus e já contabilizam 640 mil casos da Covid-19 — no mundo, são 2,1 milhão de contágios confirmados. Apesar da alta nas notificações, o presidente Donald Trump disse que o pico da pandemia foi ultrapassado e prometeu divulgar plano para a retomada de atividades econômicas.

Em detalhes: policiais americanos encontraram 17 corpos com suspeita de coronavírus empilhados em um asilo de Nova Jersey.

Panorama: o Reino Unido prolongou a recomendação de confinamento por mais três semanas, depois de ultrapassar 13 mil mortes ligadas à Covid-19. O governo do Japão ampliou o estado de emergência para todo o país e disse analisar ajuda em dinheiro para todos os cidadãos. Na Rússia, o presidente Vladimir Putin adiou desfile militar que celebra a vitória na Segunda Guerra Mundial, há 75 anos.

Em foco: ausente da vida pública há mais de um mês, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, reapareceu em pronunciamento em rede nacional. Ele disse que o país não vai parar por conta da pandemia.
A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu alerta para o risco de morte de centenas de milhares de crianças este ano em decorrência da crise global. A entidade afirma que quase 369 milhões de crianças de 143 países dependem de refeições escolares e foram forçadas a procurar outro lugar para se alimentar. Mais de 1,5 bilhão estão sem aulas presenciais.

Entenda: estudos realizados na China e nos Estados Unidos indicam que as crianças têm menos chance de apresentar sintomas e ficar doentes com o novo coronavírus. Segundo a ONU, no entanto, elas são vulneráveis aos impactos econômicos. O Fundo Monetário Internacional projeta que o mundo passará pela maior desaceleração desde a Grande Depressão da década de 1930. “O que começou como uma emergência de saúde pública se transformou em um teste para a promessa global de não deixar ninguém para trás”, afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres.
A pressão por resultados faz pensar que tudo é mágico: a ciência resolve em um clique. Vã ilusão
NO BRASIL
30.425
CONFIRMADOS
1.924
MORTOS
NO MUNDO
2.127.873
CONFIRMADOS
141.454
MORTOS
Especialistas ressaltam a importância de ter boas informações e convicção ao persuadir os que resistem às medidas contra a Covid-19
7 notícias importantes do dia
Sessão virtual: a Assembleia do Rio aprovou o estado de calamidade pública de 66 municípios, incluindo a capital. Prefeitos poderão descumprir artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Segunda fase: depois dos idosos, a campanha nacional de vacinação contra H1N1 e gripe comum foi ampliada para caminhoneiros, portadores de doenças crônicas e outras grupos incluídos entre o público-alvo.
Pandemia em alto-mar: em menos de uma semana, chegou a 132 o número de casos confirmados de Covid-19 em plataformas de petróleo no país, segundo a ANP.
Longe de casa: ao menos 5 mil brasileiros estão retidos em 80 países. Maioria depende do Itamaraty para voltar ao Brasil.
Ajuda aos informais: a Caixa informou ter pagado R$ 4,7 bilhões a sete milhões de trabalhadores referentes ao auxílio-emergencial de R$ 600.
Empregos perdidos: os Estados Unidos registraram 22 milhões de pedidos de seguro-desemprego em um mês, número superior aos 21,5 milhões de postos de trabalho criados desde 2009.
Desinformação: o Facebook anunciou que vai alertar usuários que leram, assistiram ou compartilharam notícias falsas sobre a Covid-19.
Confira dicas que vão da limpeza de objetos de uso diário a precauções com a alimentação e a hidratação
Jaques Sztajnbok, chefe de UTI do Hospital Emílio Ribas
Crítica de dança destaca espetáculos imperdíveis de grandes companhias do mundo que estão disponíveis on-line
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