O ESSENCIAL: STF decide que governadores podem impor isolamento

E mais: pesquisa sobre cloroquina, Fiocruz como referência, coronavírus em comunidades
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RIO, 9 DE ABRIL de 2020
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que governos estaduais e municipais têm poderes para decretar ordens restritivas durante a pandemia , mesmo que o governo federal adote depois medida em sentido contrário. Em decisão tomada em ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele citou o isolamento social, a quarentena, a suspensão de atividades de ensino, as restrições de comércio, atividades culturais e a circulação de pessoas.

Em paralelo: o presidente Jair Bolsonaro voltou a se opor publicamente às medidas de isolamento, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. Afirmou que o governo federal não foi consultado “sobre amplitude ou duração” das medidas, mas que “respeita a autonomia” dos governadores e prefeitos. Mais cedo, Bolsonaro disse, em entrevista à Band, que pensa em submeter ao Congresso, por projeto de lei, a ampliação de categorias essenciais que poderão circular livremente, independentemente das restrições impostas.

Olhar da ciência: estudo de epidemiologistas do Imperial College de Londres mostra que políticas para o distanciamento social funcionaram, mas levaram até um mês para surtir efeito. Só na Europa, estratégia salvou 60 mil vidas até o fim de março.
 
Uma coalizão formada por hospitais de ponta como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz conduzirá pesquisa com uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves de Covid-19, que não chegaram a ser internados. Até agora, a substância vinha sendo aplicado em casos graves. Em entrevista, o médico Álvaro Avezum, diretor de pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e coordenador do estudo, diz que o objetivo é evitar que paciente seja hospitalizado : “É essencial ter uma pesquisa que compara, de maneira apropriada, quem recebe e quem não recebe o tratamento (com cloroquina)”.

O que se sabe: a pesquisa envolverá 1.300 pacientes de 14 estados e 50 cidades. Apenas metade do grupo usará a hidroxicloroquina; a outra parte será monitorada. O estudo observará o quadro clínico durante 30 dias.

Em paralelo: a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz como laboratório de referência para o combate ao novo coronavírus nas Américas.

Acordo com a indústria: Em meio a uma escassez global de equipamentos médicos de combate ao coronavírus, o governo brasileiro vai comprar 6.500 respiradores do maior fabricante nacional. Uma ação coordenada de diferentes empresas permitirá a produção de componentes antes importados. 
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Pacote de socorro: projeto emergencial para ajudar estados e municípios que pode ser votado hoje pela Câmara terá impacto de R$ 180 bilhões, estima a equipe econômica.
Ação na crise: Marcelo Crivella decretou estado de calamidade pública na cidade do Rio, o que permite descumprimento de regras fiscais.
Mortes em favelas: Rio tem seis óbitos por coronavírus em comunidades, dois deles na Rocinha. Mandetta afirmou que é preciso dialogar com o tráfico e a milícia em nome da saúde pública.
Prejuízo distribuído: MP editada por Bolsonaro desobriga empresas de reembolsar consumidores por cancelamento de eventos e reservas de hotéis devido à pandemia.
Portas fechadas: sem hóspedes, o Copacabana Palace fechará pela primeira vez em 97 anos. Dois moradores continuarão no hotel: a diretora Andréa Natal e Jorge Ben Jor.
Raio-x dos presídios: o número de presos no Brasil chegou a 755.274 em dezembro de 2019. O índice de prisões provisórias caiu para 30%.
Redução de custos: a Petrobras anunciou programa para aposentar até 3.800 funcionários e economizar R$ 7,6 bilhões até 2025.
Acordo em costura: o Brasil tem sido pressionado por exportadores de petróleo a reduzir produção para fazer subir o preço do barril no mundo.
Fora da disputa: Bernie Sanders deixou a corrida democrata pela Presidência dos EUA e abriu caminho para Joe Biden enfrentar Trump.
Tempos de pandemia: a Arábia Saudita anunciou trégua de 15 dias em guerra no Iêmen contra aliados do Irã. Conflito já deixou 100 mil mortos.
Edmar Santos, secretário de Saúde do Rio
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