O ESSENCIAL: Após pressões, Bolsonaro recua e mantém Mandetta no cargo

E mais: empréstimos travados, produção da Fiocruz, lições de Amyr Klink
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RIO, 7 DE ABRIL de 2020
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Após pressão vinda do Supremo Tribunal Federal e do Congresso e uma articulação de militares, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter Luiz Henrique Mandetta à frente do Ministério da Saúde . Um ato de exoneração foi preparado no Palácio do Planalto, mas, após uma reunião tensa com toda a equipe ministerial, coube ao próprio Mandetta dizer que fica e revelar que até suas gavetas já haviam sido limpas por seus auxiliares. “Vamos continuar a enfrentar nosso inimigo, quem tem nome e sobrenome: Covid-19”, afirmou.

Bastidores: o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, alertou o Planalto que a medida tornaria “muito difícil” a relação com o Congresso. Já Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, avisou que a demissão não seria bem recebida pela Corte. Na reunião ministerial, militares cobraram de Mandetta que aproximasse seu discurso do presidente na tentativa de demonstrar a união do governo.

Em detalhes: Mandetta se recusou a assinar um decreto para permitir que profissionais da saúde e pacientes com Covid-19 em estado grave possam usar a hidroxicloroquina.

O que foi dito: ao anunciar sua permanência na pasta, Mandetta deixou claro que não mudará sua linha de atuação. “Temos dificuldades quando a crítica não vem para construir, mas para trazer dificuldade ao ambiente de trabalho”, declarou.

Embate em detalhes: Bolsonaro e Mandetta entraram em rota de colisão ao defender propostas diferentes e, por vezes, antagônicas sobre como enfrentar o coronavírus. Veja algumas teorias no centro da disputa no governo.
 
O governo pretende usar fundos de bancos públicos e recursos do Tesouro Nacional para destravar cerca de R$ 50 bilhões em empréstimos a empresas que enfrentam dificuldades para obter recursos no mercado. No fim de semana, o ministro Paulo Guedes (Economia) admitiu que os bancos não estão emprestando às empresas recursos disponibilizados pelo Banco Central.

O que está acontecendo: os bancos estão represando os empréstimos por medo de calote. Em tempos de pandemia, as empresas têm dificuldades para oferecer garantias. É nessa etapa que o governo quer entrar, dando aval a financiamentos. Segundo Guedes, a ideia é destinar recursos a empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.

Em paralelo: o Banco Central regulamentou a medida provisória que viabiliza a concessão de R$ 40 bilhões em empréstimos a empresas para o pagamento dos salários de funcionários. Já o Conselho Monetário Nacional autorizou a criação de uma linha de crédito de até R$ 6 bilhões voltada para o comércio e serviços de municípios que tenham declarado estado de calamidade pública por causa da pandemia.
 
Na linha de frente da mobilização da ciência contra o coronavírus, a Fiocruz prepara a criação de 200 leitos de atendimento durante a pandemia . Cerca de metade dos leitos deve ficar pronta em 40 dias. A instituição pesquisa ainda uma vacina para a Covid-19 em laboratório que mantém em Minas Gerais, coordena no país o programa clínico da Organização Mundial da Saúde para o tratamento da doença e prepara a entrega de um milhão de testes até o fim do mês. Apesar de ter recebido crédito de R$ 457,4 milhões para medidas contra o coronavírus, a Fiocruz busca recursos adicionais para manter as ações.

Pesquisa em detalhes: testes realizados pela Fiocruz mostraram que um medicamento usado no tratamento do HIV foi capaz de impedir a replicação viral do coronavírus e ajudou a combater o processo inflamatório dos pulmões.

Em paralelo: profissionais de nove países da América Latina, entre eles, Argentina, Chile e Colômbia, receberam treinamento da Fiocruz sobre como realizar o diagnóstico dos testes do coronavírus.
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