Com 141 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 941 casos fatais ligados ao novo coronavírus e registrou novo aumento da taxa de letalidade da Covid-19 no país, para 5,3%. São 17.857 pessoas infectadas com o vírus. O Ministério da Saúde prevê que os estados com maior incidência da doença — São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará e Amazonas — devem ter pico de casos entre o fim de abril e o início de maio. “Não recomendamos aumento de mobilidade nesses locais”, afirmou o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis. Veja o mapa das infecções no Brasil.
Gargalo: o Ministério da Saúde recebeu apenas 904,8 mil testes dos 22,9 milhões previstos para serem usados durante a pandemia. A pasta estima receber 9 milhões de kits até julho — 40% do total. O governo admite enfrentar dificuldades logísticas e de acesso aos insumos no mercado internacional. Uma entrega de cerca de 50 milhões de máscaras vinda da China, prevista para sexta-feira, vai atrasar, informou Gabbardo.
Em questão: o isolamento social dos brasileiros se afrouxou e o tráfego de pessoas e carros aumentou nas metrópoles do país durante a última semana, segundo dados de aplicativos de transporte.
Outro olhar: em 43 dias, a Covid-19 matou mais do que dengue, H1N1 e sarampo ao longo de 2019. Autoridades sanitárias têm chamado atenção para os casos de dengue em 2020, que já são 15% superiores aos do ano passado e podem acelerar colapso do sistema de saúde no país.
O isolamento social é indispensável, mas não inócuo: tem um custo psicológico, além dos prejuízos sociais e econômicos. É preciso dosar bem sua duração
Garantias: em troca da liberação de R$ 15 bilhões, a ANS exigiu que planos de saúde se comprometam a atender inadimplentes e renegociem suas dívidas durante a pandemia.
Aval legislativo:26 municípios do Estado do Rio pediram à Assembleia Legislativa que homologue decretos de calamidade pública.