Declaração pública do presidente Jair Bolsonaro e reuniões do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com os ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) buscaram arrefecer o clima de ataques entre o governo e o Congresso.
Maia recebeu Moro durante a manhã e almoçou com Guedes, mas não participou de cerimônia ao lado de Bolsonaro pelo aniversário da Justiça Militar da União.
O que foi dito: Bolsonaro afirmou que a briga foi “chuva de verão” e é “página virada”. Moro elogiou Maia e minimizou atritos. Guedes disse acreditar que a reforma da Previdência “vai deslanchar”.
Efeito colateral: em meio à crise, o dólar chegou a R$ 4 pela primeira vez em quase seis meses. Depois das declarações, a moeda americana recuou e fechou em R$ 3,91. A Bolsa de Valores subiu 2,7%.
O deputado Marcelo Freitas, do PSL, partido de Jair Bolsonaro, foi escolhido para relatar a proposta do governo para mudar a Previdência. A decisão foi tomada em reunião com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Mais cedo, o PSL anunciou que “fechou questão” a favor da reforma. O partido levou 34 dias desde que a proposta foi apresentada para declarar apoio ao governo.
Por que isso importa: a demora em escolher o relator adiou o cronograma do governo. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sem a reforma da Previdência, o Brasil voltaria a ter recessão já no ano que vem.
A Justiça federal do Distrito Federal aceitou denúncia e instaurou processo contra o ex-presidente Michel Temer. Ele é acusado de corrupção passiva no episódio da entrega de mala com R$ 500 mil da JBS ao ex-assessor Rodrigo da Rocha Loures. O caso envolve a gravação feita pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
Contexto: a denúncia foi apresentada, inicialmente, pela Procuradoria-Geral da República em 2017, mas o Congresso impediu a abertura de ação penal. Com o fim do mandato, o caso desceu para a primeira instância do Judiciário.
Não é mais 16: o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou proposta de emenda constitucional (PEC) para reduzir para 14 anos a maioridade penal para determinados crimes, incluindo tráfico de drogas.
‘Erros e acertos’: Bolsonaro afirmou que não determinou que o golpe militar de 1964 fosse comemorado, e sim “rememorado” — na segunda-feira, o porta-voz da Presidência disse que o presidente havia orientado “as comemorações devidas”.
Aparente recuo: a dois dias de embarcar para Israel, Bolsonaro disse que pode abrir um escritório de negócios em Jerusalém. A medida seria alternativa à proposta de transferência de embaixada, hoje em Tel Aviv.
Ecos da crise do MEC: Bolsonaro atribuiu os problemas no Ministério da Educação à inexperiência do ministro Ricardo Vélez e disse que vai conversar com ele, sem ameaçá-lo publicamente.
Sirenes acionadas: três barragens da Vale em Minas Gerais entraram em alerta máximo de rompimento. Na CPI do Senado, o ex-presidente da mineradora alegou que desconhecia risco em Brumadinho. Senadores ficaram irritados e até ameaçaram prisão.
Departamento médico:com arritmia cardíaca, o técnico Abel Braga permaneceu internado no hospital. Está descarta sua presença no banco de reservas do Flamengo na final da Taça Guanabara, no domingo.
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