O ESSENCIAL: Polícia prende suspeitos pelo assassinato de Marielle

E mais: mudanças no orçamento, demissões no MEC, ataques de Bolsonaro, reforma da Previdência e Olimpíada de Tóquio
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RIO, 12 de MARÇO de 2019
O ESSENCIAL DA MANHÃ
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A polícia prendeu na manhã de hoje o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completa um ano depois de amanhã. Segundo a denúncia do Ministério Público, Ronnie foi quem atirou contra as vítimas e Elcio era o piloto do carro utilizado no crime.

Como foi a investigação: Os policiais analisaram dados de antenas de celular até chegar a um aparelho que estava sendo usado no local do crime e, a partir dele, encontraram uma conexão com Lessa. Então, tiveram acesso aos dados de Lessa armazenados na "nuvem" e descobriram que ele monitorava havia meses os passos da vereadora.

Quem é o suspeito: Ronnie Lessa é conhecido por ser um exímio atirador e por sua frieza em momentos de tensão. Embora suas ligações criminosas fossem conhecidas nos corredores das delegacias, ele jamais havia sido investigado. Cerca de um mês depois do assassinato de Marielle e Anderson, ele foi alvo de um atentado, o que reforçou as suspeitas da polícia. A hipótese é que tenha sido uma tentativa de queima de arquivo.
Estados em má situação fiscal, como o Rio de Janeiro, podem ser beneficiados pela proposta da equipe econômica de flexibilizar as regras de divisão do Orçamento. A medida é chamada de “desvinculação”: ela acaba com o comprometimento de receitas para despesas obrigatórias.

Entenda: a desvinculação pode dar fôlego aos estados, que terão mais liberdade de mexer no Orçamento. Segundo o economista Raul Velloso, em 2016, o Rio teve 102% da receita comprometida para gastos previstos na Constituição, como educação e saúde, e pagamento de inativos e pensionistas.

Por que isso é importante: o governo aposta na desvinculação para angariar apoio dos governadores para a reforma da Previdência. Parlamentares, no entanto, acreditam que a estratégia pode contaminar a tramitação da proposta previdenciária.
 
A disputa de poder no Ministério da Educação (MEC) resultou em seis demissões. Na lista de exonerados, estão três militares e duas pessoas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho, apontado como guru do bolsonarismo.

Por que isso é importante: o MEC se tornou centro da disputa entre duas alas influentes no governo: os militares e os grupos ligados a Olavo. Os dois lados tiveram baixas na decisão do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que foi indicado ao cargo pelo escritor.

Reação: a decisão deixou Olavo insatisfeito, a ponto de publicar críticas a Vélez nas redes sociais: “Se cair no erro (...), ponham-no para fora”.

O que foi dito: Vélez esteve com o presidente Jair Bolsonaro pouco antes de confirmar as exonerações. Após interferir na disputa interna, o presidente disse que seus ministros têm liberdade para escolher equipes.

Opinião: o governo é refém de um lunático que quer promover um expurgo nos quadros federais, avalia Bernardo Mello Franco.
O governo está estimulando ataques a jornalistas: o presidente cria milícias digitais que simulam o movimento natural da opinião pública e dá, pessoalmente, a senha para atacar
Militar nas redes sociais: as contas institucionais do Palácio do Planalto passarão a ser geridas pelo coronel Didio Pereira de Campos. Ele foi escolhido em meio a crises causadas por publicações de Bolsonaro na internet. Mas não terá acesso aos perfis pessoais.
Cofre aberto: o governo liberou cerca de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. A medida tem sido estratégica para obter apoio no Congresso: o Planalto quer suporte na votação da reforma da Previdência.
À espera das Forças Armadas: líderes partidários fecharam acordo que a reforma da Previdência só será votada na Comissão de Constituição e Justiça depois que o governo enviar a proposta referente aos militares.
País do feminicídio: o Brasil tem uma das mais altas taxas de assassinato de mulheres pela condição de gênero, mas os dados são subestimados. A Fiocruz revisou metodologia, e os números dobram.
Destino do dinheiro: a prefeitura do Rio tem reduzido a verba destinada ao carnaval, alegando que os cortes são necessários para aplicar recursos na saúde e na educação. Mas o investimento nessas áreas caiu.
30 anos da web: a World Wide Web completa três décadas com problemas a resolver. É o que pensa seu criador, Tim Berners-Lee: notícias falsas e discursos de ódio precisam ser freados, diz ele em carta.
Morre Coutinho: o ex-jogador e ídolo do Santos entrou para a história do futebol brasileiro como o parceiro de Pelé, campeão mundial em 1962. Ele tinha 75 anos.
Comitê Olímpico Brasileiro inicia contagem regressiva para a próxima Olimpíada apostando em atletas de quatro esportes e em Gabriel Medina
Musical reencena a Grã-Bretanha medieval a partir de texto que traça paralelos com o Brasil contemporâneo. E a trilha sonora é do autor de ‘Maluco Beleza’
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