O que está acontecendo: Maia decidiu se afastar das negociações após se desentender com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e ser alvo de críticas do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente.
Repercussão: ao contrário de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) elogiou Maia. O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu conversa para encerrar a crise. Já o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), enfatizou que o DEM, partido de Maia, comanda três ministérios. E integrantes da equipe econômica se irritaram com a declaração de Jair Bolsonaro.
O ex-presidente Michel Temer deve permanecer na prisão ao menos até quarta-feira. O desembargador federal Ivan Athié optou por levar o pedido de habeas corpus à Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que se reunirá no dia 27. Athié também perguntou ao juiz Marcelo Bretas se ele reconsiderava a decisão de prender o emedebista.
Detalhes: o Ministério Público Federal revelou que o grupo de Temer tinha um “sistema de contrainteligência” para apagar rastros e pesquisar ações de investigadores.
Bloco do continente: Bolsonaro e representantes de sete países da América do Sul assinaram declaração que sela a criação do Prosul. O Brasil cogita formalizar saída da Unasul, criada durante o governo Lula.
Guinada na ONU: o Brasil votou a favor de livrar Israel de advertência por repressão a palestinos. A decisão, manifestada no Conselho de Direitos Humanos, na Suíça, representa uma mudança na diplomacia brasileira.
Despesas travadas: diante da fraca atividade econômica, o governo bloqueou R$ 29,7 bilhões do Orçamento e retirou expectativa de privatizar a Eletrobras. E revisou para baixo a previsão de crescimento do PIB.
Verba extra: um dia após dar posse a deputados presos, a Assembleia Legislativa do Rio autorizou cada um dos 70 parlamentares a gastar R$ 26,8 mil por mês. O impacto será de R$ 22,5 milhões por ano.
Paralisia no MEC: a demissão da terceira indicada para a Secretaria-Executiva em dez dias expôs a estagnação de projetos da Educação voltados para o ensino básico, incluindo apoio à alfabetização.
Moedas de troca: em novo capítulo da relação com Wilson Witzel, o prefeito Marcelo Crivella disse que aceita ceder o Sambódromo se o governador assumir de volta a gestão de três hospitais municipalizados.
Rodízio em presídio federal: apontado como líder de facção criminosa paulista, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três presos foram transferidos de Rondônia para Brasília.
Médium blindado: o Ministério Público finaliza a oitava denúncia contra o líder religioso João de Deus e apura se policiais civis e militares formavam uma rede de proteção para evitar acusações de vítimas.
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