Após a crise entre Bolsonaro e Rodrigo Maia, técnicos do governo temem que a proposta de reforma da Previdência sofra muitas alterações no Congresso. O projeto para os militares, que causou mal estar entre os parlamentares, também pode abrir brecha para uma maior pressão contra a reforma dos civis. A grande preocupação do governo é com a regra de transição, que é mais dura na proposta da reforma da Previdência do que no projeto para os militares, e que garante uma economia de R$ 200 bilhões em 10 anos.
Crítica de FH: O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais para comentar a troca de farpas de Bolsonaro com Rodrigo Maia, alertando que no Brasil o Congresso é forte: "Presidente que não entende isso não governa e pode cair".
Entenda a disputa: O atrito do presidente Jair Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se estende há dias. Começou com críticas de Maia ao pacote do ministro Sérgio Moro, com participação do deputado Eduardo Bolsonaro, passou por um titubeio do presidente na defesa da reforma da Previdência e culminou em discussões sobre a nova e a velha forma de fazer política. Após ser cobrado por Rodrigo Maia para que tivesse mais empenho na aprovação da reforma, Bolsonaro disse no sábado que "a bola estava com o Parlamento" . Ontem, no mais recente capítulo dessa disputa, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), após encontro com Bolsonaro, postou mensagens no Whatsapp do PSL alfinetando Maia e defendendo a "nova política". Enquanto isso, mesmo aliados, como o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, têm criticado a postura do governo: "É preciso desligar o Twitter", disse.
Eleito com um discurso de austeridade fiscal, o presidente Jair Bolsonaro anunciou cortes em 21 mil cargos, mas decreto na verdade extinguiu apenas 159 postos. E a economia prevista com a medida é pequena: R$ 195 milhões ao ano.
Como assim: o GLOBO obteve o detalhamento do decreto e viu que o corte se concentrou em funções e gratificações, que são adicionais pagos a servidores por desempenharem papel diferente do que o descrito pelo concurso, e não em cargos.
Contexto: para efeito de comparação, só em janeiro, o governo gastou R$ 8,6 bilhões com o pessoal ativo do Poder Executivo.
As prisões do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro e ex-governador Moreira Franco deram à Justiça Federal do Rio o protagonismo das ações de combate à corrupção no país. A força-tarefa conduzida pelo juiz Marcelo Bretas já recuperou um total de R$ 2,7 bilhões, entre multas, repatriação e dinheiro bloqueado de investigados nas 23 operações deflagradas nos últimos três anos.
Para onde foi o dinheiro: recursos recuperados pela Lava-Jato fluminense serviram para honrar o pagamento de servidores inativos, reformar escolas e comprar equipamentos para a Polícia Federal, a Polícia Técnica e o Bope.
Depois da derrota no STF, analiso o que a prisão de Temer quer dizer para a Lava-Jato. Até que ponto vai fortalecê-la ou ampliar o leque de forças que se opõem a ela?
Um ano depois: Agatha Arnaus Reis, viúva de Anderson, motorista assassinado ao lado de Marielle, fala pela primeira vez ao voltar para casa, no Rio. Ela conta os desafios de cuidar sozinha do filho, que nasceu com uma má formação. "O que mais me dói é o Anderson não poder ver o Arthur se desenvolvendo", diz.
Cabelo cortado, fila e continência: levantamento do GLOBO mostra que 11 unidades da Federação planejam iniciar ou expandir o número de escolas administradas em parceria com militares, se antecipando ao plano do governo federal.
O adeus: Domingos Oliveira morreu neste sábado, aos 82 anos. "Sei que é uma situação ridícula, eu deitado neste caixão e você me olhando. É uma cena pavorosa, mas só te dou o direito de ficar triste hoje. Amanhã você tem que voltar a viver sua vida", escreveu o ator e diretor em uma carta-testamento. Relembre a vida e as obras de Domingos e saiba mais sobre a série "Mulheres de 50", que ele deixou praticamente pronta.