O ESSENCIAL: Economista Abraham Weintraub assume o MEC

E mais: militares presos, Mourão e o muro, reforma da Previdência, 'Shazam' e Rodrigo Amarante
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RIO, 8 de ABRIL de 2019
O DIA EM RESUMO
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Após um encontro pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro deu fim à passagem de Ricardo Vélez Rodríguez pelo Ministério da Educação. É a segunda baixa no primeiro escalão em 98 dias de governo.

O substituto será o economista Abraham Weintraub, que faz parte do governo desde a  transição e atuava como secretário-executivo da Casa Civil. Ele deve exonerar militares e reconduzir ex-alunos de Olavo de Carvalho à pasta.

Horas depois do anúncio, Bolsonaro disse que não poderia deixar o MEC “sangrando”.

Quem é: desconhecido no setor de Educação, Weintraub se aproximou do ministro Onyx Lorenzoni em 2017 ao apresentar no Congresso, junto de seu irmão Arthur, proposta para a Previdência. No ano passado, defendeu aplicação da “lógica greco-romana” para combater o “marxismo cultural” nas universidades brasileiras.

Repercussão: o grupo Todos pela Educação destacou que o perfil do novo ministro é muito semelhante ao de seu antecessor e pediu postura diferente. Nas universidades federais, a escolha foi recebida com apreensão.

Opinião: Míriam Leitão afirma que o novo ministro precisa apresentar projetos para reverter a paralisia da pasta.
 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende “fazer o dinheiro sair do chão” para organizar as contas públicas ainda este ano. Ele comentou seus planos durante o evento “E agora, Brasil?”, promovido pelo jornal O GLOBO e pelo “Valor Econômico”.

Entenda: Guedes explicou que o BNDES tem meta de devolver R$ 126 bilhões. O governo planeja obter R$ 80 bilhões com privatizações e mais R$ 80 bilhões com o que chamou de instrumentos híbridos.

O que mais foi dito: ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Paulo Guedes alertou: se a reforma da Previdência não for aprovada este ano, partidos de centro-direita perderão a próxima eleição.

Maia contou que, antes de assumir, o presidente Jair Bolsonaro pediu votação de projeto que geraria rombo de R$ 30 bilhões.
 
O Exército prendeu dez militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos. Ele teve o carro fuzilado — foram mais de 80 tiros — na tarde de domingo, na Zona Norte do Rio, a caminho de um chá de bebê. Os presos serão julgados pela Justiça Militar, baseado em lei sancionada pelo ex-presidente Michel Temer.

Repercussão: mais de 24 horas após a morte de Evaldo, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que o presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça Militar. Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.

O que foi dito: Luciana Nogueira, a viúva de Evaldo, relatou que os militares debocharam dos pedidos de socorro. Ela estava no carro que foi fuzilado e segurava o filho do casal, de 7 anos.
Opinião do relator: antes de apresentar seu relatório à CCJ, o deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) defendeu a proposta do governo para a reforma da Previdência. Ele divulgou nota com argumentos.
Bons pagadores: Bolsonaro sancionou lei que determina inclusão automática de todos os consumidores brasileiros ao Cadastro Positivo, que foi criado para facilitar acesso a crédito. Entenda o que muda.
Diálogo e barreiras: nos EUA, para encontrar o vice-presidente americano Mike Pence, Hamilton Mourão declarou apoio à construção do muro na fronteira com o México.
Fiscalização nas ruas: agentes do Detran começaram a realizar blitzes para avaliar estado e documentação de veículos, pela primeira vez após o fim da vistoria presencial. Motoristas foram pegos de surpresa.
Diário Oficial: o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, nomeou um funcionário que ele havia demitido há 20 dias. O ato faz parte de acordo para manter base na Câmara na votação do impeachment.
Beato brasileiro: o Papa Francisco reconheceu como milagre um ato de cura do padre mineiro Donizetti Tavares de Lima, o que pode levar à beatificação do sacerdote.
Relatório de Riqueza: São Paulo foi incluída na lista de dez cidades com o maior número de milionários residentes. Londres lidera o ranking.
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