Investigações que envolvem os ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Marconi Perillo (Goiás) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira estão entre os 935 casos que foram paralisados e devem ser retomados após decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar o compartilhamento de dados de órgãos de controle com o Ministério Público.
O que falta acontecer: os ministros da Corte ainda vão definir se a decisão tem impacto automático ou se será preciso autorizar a retomada de cada caso suspenso por decisão judicial.
Dimensão: 78% dos procedimentos parados investigam apenas três crimes — lavagem de dinheiro, ocultação de bens e crimes contra a ordem tributária. Um em cada quatro casos suspensos tramita em São Paulo.
Cerca de 135 mil brasileiros têm o vírus HIV e não sabem, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde no Dia Mundial de Luta contra a Aids. O número representa 15% de todas as pessoas contaminadas no país — em um ano, a incidência do vírus subiu de 866 mil para 900 mil pessoas. Apesar da alta na contaminação do HIV, os casos registrados de Aids, quando a pessoa desenvolve a doença, e o número de mortes decorrentes caíram.
Em detalhes: o ministério focará a campanha de prevenção e diagnóstico na população jovem. Brasileiros entre 20 e 34 anos representam 57,5% das notificações de infecção no país.
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A decisão do Conselho Monetário Nacional de limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês foi criticada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reclamou de “tabelamento de preços”. Após críticas, o Banco Central afirmou que corrigiu falha de mercado. Especialistas avaliam que a medida, aprovada pelo ministro Paulo Guedes, pode prejudicar a oferta de crédito.
Bastidores: técnicos da equipe econômica foram contra a limitação, vista como radical e de eficácia discutível. Havia dúvidas se o Banco Central conseguiria emplacar a medida. Foi Guedes quem deu o aval para a resolução.
Entenda: os bancos poderão cobrar pelo limite do cheque especial disponibilizado para clientes mesmo que eles não usem o serviço, o que hoje não tem custo. A tarifa poderá variar de acordo com cada instituição, tendo como teto 0,25% ao mês. Quem fizer uso da quantia, pagará apenas a tarifa de 8%. Veja simulações.
Em quase três anos de administração de Marcelo Crivella, a prefeitura do Rio deixou de aplicar cerca de R$ 2,2 bilhões no setor de saúde. Somente este ano, não foram executados R$ 1,04 bilhão do orçamento. A prefeitura mantém, ainda, dívida de R$ 268,57 milhões com fornecedores, além de restos a pagar de anos anteriores.
Por que isso importa: a rede de saúde sofre os efeitos da falta de investimento. Duzentas equipes de saúde da família foram desmobilizadas, e 2.500 funcionários foram demitidos, segundo vereador. No hospital Souza Aguiar, no Centro, faltam antibióticos, anestésicos e profissionais de saúde, e 25 vagas de CTI estão fechadas.