O volume de óleo que chegou às praias de 11 estados desde 30 de agosto é maior do que todos os vazamentos registrados pela Agência Nacional do Petróleo entre janeiro de 2012 e outubro de 2019. Cerca de quatro mil toneladas de petróleo cru já foram recolhidas nos locais atingidos no Nordeste e no Sudeste. No período anterior, a ANP contabilizou 250 toneladas despejadas no país.
O que está acontecendo: o governo ainda não sabe a origem do vazamento atual. Em casos anteriores, em geral, foi possível solucionar o problema na fonte, o que evitou volumes maiores, e o impacto foi localizado, afirma professor da USP.
Pressionado a encontrar compensações para o aumento de gastos que violam o acordo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o governo do Rio encontrou uma brecha legal para ganhar tempo e obteve, do Conselho de Supervisão do programa, a suspensão do prazo para apresentar propostas. O colegiado, ligado ao Ministério da Economia, cobra soluções para mitigar a criação de despesas, como o plano de cargos e salários da Uerj.
O que vai acontecer: o governo espera que técnicos concluam em fevereiro a avaliação sobre possíveis compensações a serem adotadas. Até lá entrarão em vigor medidas já aprovadas pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que impactam a arrecadação. Dois projetos podem gerar receita extra de R$ 625 milhões por ano.
Em paralelo: o governador Wilson Witzel protocolou pedido de audiência pública com o presidente Jair Bolsonaro. No documento, elenca entre os tópicos do encontro a renovação do RRF. Se aceito, será a primeira reunião oficial entre eles após rompimento público.