O porteiro que registrou a casa do presidente Jair Bolsonaro como destino do acusado de matar a vereadora Marielle Franco e prestou dois depoimentos não é o mesmo que aparece no áudio divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro e periciado pelo Ministério Público. A divergência foi descoberta pela Polícia Civil do Rio. Investigadores querem ouvir novamente o funcionário. As mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes completaram 600 dias hoje.
Entenda: a referência a Bolsonaro fez representantes do MP consultarem o Supremo Tribunal Federal sobre a continuidade da investigação no Rio. Um dia após reportagem mostrar a citação, o MP afirmou ter periciado registros de voz da portaria e concluído que o porteiro mentiu em depoimento, quando disse que “seu Jair” teria autorizado entrada do ex-policial Élcio de Queiroz no condomínio horas antes da morte de Marielle. A perícia foi feita a partir de um CD, e não de equipamentos da portaria. No último sábado, Bolsonaro disse que pegou toda a memória da secretária eletrônica “antes que fosse adulterada”.
A Polícia Federal suspeita que dois tipos de óleo contaminem a costa brasileira. Peritos criminais concluíram que o material encontrado em tambores com logotipo da Shell em Sergipe e no Rio Grande do Norte é diferente do que aporta na maior parte dos pontos atingidos.
Em investigação com a Marinha, a PF aponta o navio grego Bouboulina como o principal suspeito de vazar petróleo com características venezuelanas. A Marinha informou hoje que o navio transferiu sua carga para outra embarcação, próximo a Cingapura.
Reação à fala sobre AI-5: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chamou o ministro Augusto Heleno (GSI) de “auxiliar do radicalismo de Olavo” (de Carvalho).
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