A saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL para criar um novo partido deve ser acompanhada de 24 deputados da sigla. Outros 27 estão decididos a permanecer, e dois ainda avaliam qual caminho tomar. Se confirmada essa tendência, o PSL passaria de segunda para nona bancada na Câmara, e a legenda a ser criada pelo presidente, batizada de Aliança pelo Brasil, seria a 12ª.
O que pode acontecer: o centrão pode sair fortalecido, e o governo pode enfrentar mais dificuldades na relação com o Congresso. Apesar do racha na bancada, parlamentares propensos a ficar no PSL dizem que vão apoiar a pauta econômica e de costumes do governo.
O que isso significa: a mobilização, conduzida pela presidente da comissão, Simone Tebet (MDB-MS), é uma estratégia para reduzir riscos de questionamentos na Justiça. Juristas e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, afirmam que uma proposta de emenda constitucional poderia desrespeitar cláusula pétrea.
Em vez de “canalha”, Bolsonaro e Lula poderiam se chamar de enxacoco estafermo e farola bonifrate. Não resolveria nenhum problema nacional, mas pelo menos melhoraria o nível do discurso público no país