A pressão sobre o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) foi elevada depois que o presidente Jair Bolsonaro disse ser “mentira” que eles tenham conversado na terça-feira. Bolsonaro também afirmou que Bebianno pode deixar o governo se for comprovado envolvimento em suposto repasse de dinheiro público a candidatos laranjas do PSL.
Se você perdeu: com as suspeitas sobre o PSL, Bebianno, que presidia o partido, tentou rebater rumores de que estava enfraquecido dizendo que havia conversado com o presidente, ainda no hospital. Mas foi acusado de mentir por Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que não tem cargo no governo.
Bastidores: Bebianno disse à GloboNews que não pretende pedir demissão, mas expressou a aliados que analisa possível pedido. O gesto de Carlos Bolsonaro desagradou a ala militar do governo.
Duas opiniões: Merval Pereira avalia as consequências das confusões envolvendo os filhos do presidente. Já Bernardo Mello Franco afirma que Carlos Bolsonaro, chamado de “pit bull” pelo pai, “mordeu” o governo.
Estudo de economistas do Ipea mostra que apenas dois grupos de trabalhadores não contribuíram para a redução da desigualdade de renda no país durante o século XXI: os servidores públicos civis e os militares.
Entenda: os pesquisadores Marcos Dantas Hecksher e Carlos Corseuil descobriram que, entre 2001 e 2015, as duas categorias tiveram aumento salarial maior do que a média e se afastaram do rendimento médio dos trabalhadores. Veja os dados.
Por que isso importa: são justamente essas duas classes que mais pressionam para ficar de fora da reforma da Previdência. Elas recebem os maiores benefícios na aposentadoria.
O que foi dito: o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a Previdência não pode ser uma “máquina de transferência perversa de renda”. Jair Bolsonaro afirmou que, sem a reforma, “o país quebrará”.
Escolho as barreiras que não resistiram como metáforas para as fobias e os ressentimentos represados da direita brasileira. O que mais estará represado na alma brasileira que não se sabe?
Viu isso?
Atenção na Corte: o STF começa a votar nesta quinta-feira as ações sobre a criminalização da homofobia. Na sessão de quarta, o advogado-geral da União e o vice-procurador da República mediram forças.
Apuração no Congresso: o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, será chamado a prestar depoimento no Senado, e a Câmara vai instalar uma CPI para investigar o rompimento da barragem.
Suspensão após queda: a Agência Nacional de Aviação Civil interditou as aeronaves da empresa responsável pelo helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat e caiu na rodovia Anhanguera.
Do luxo à prisão: acusado de chefiar o tráfico de drogas no Morro Dona Marta, em Botafogo, Alan Veras Castro foi preso por policiais militares em uma cobertura na Praia do Leme, na Zona Sul do Rio.
Nas mãos do povo: o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, cogita convocar um plebiscito para decidir se derruba ou recupera a Ciclovia Tim Maia. Especialistas, no entanto, argumentam contra a ideia.
Depois do fogo: Justiça do Rio proibiu a presença de crianças e adolescentes no centro de treinamento do Flamengo. Se o clube descumprir, terá de pagar R$ 10 milhões. A ação é de 2015.